A cada 15 minutos, uma pessoa morre em um acidente de trânsito no Brasil. Sem dúvida um alto índice para qualquer país civilizado em qualquer parte do mundo.
Apesar de impactante, as estatísticas já foram piores. O trânsito brasileiro já matou muito mais gente.
Infelizmente no Brasil as mortes no trânsito ainda são encaradas como meros acidentes inevitáveis, por conta de um povo que não sai do meio da rua.
A culpa nunca é do motorista, muitas vezes irresponsável. A culpa é daquele que não sai do meio da rua por onde devem passar os carros. A culpa é daquele irresponsável que sai por aí a pé atrapalhando o trânsito. Enfim, a culpa não é do motorista, sempre é do pedestre, aquele pobre diabo que, no dizer de Chico Buarque de Holanda, morreu na contramão atrapalhando o trânsito.
Chegou a hora de se dar um basta nisso tudo.
Precisamos humanizar o nosso trânsito e só vamos conseguir um objetivo tão grandioso assim com a colaboração de todos, até por que o trânsito não é problema de uns, o trânsito é problema de todos. Cada um de nós, queiramos ou não, temos uma parcela de responsabilidade pelo caos que se instalou no trânsito de nossa cidade.
A mais recente campanha educativa lançada pelo governo federal leva à sociedade uma mensagem onde o motorista sempre sabe o que fazer no trânsito. Sabe mas não faz.
O motorista sabe que não pode andar na contramão. Sabe, mas anda.
O motorista sabe que não pode invadir o sinal vermelho. Sabe, mas mesmo assim invade.
O motorista sabe que não pode ultrapassar o limite de velocidade estabelecido. Sabe, mas mesmo assim continua dirigindo em velocidade excessiva.
O motorista sabe muito bem que não pode estacionar em local proibido. Sabe, mas estaciona. Aqui, não só estaciona como ainda fica zangado quando é multado ou tem o veículo rebocado.
Dizem que nem sempre é fácil fazer a escolha certa.
Mas no trânsito não pode existir dificuldades para a escolha certa. Até porque no trânsito a nossa escolha consiste tão somente em obedecer a sinalização.
Não deve existir qualquer dúvida sobre isso.
O sinal à nossa frente não nos remete a dilema algum. O sinal à nossa frente simplesmente nos aponta a direção de fazer o certo. Obedecer a sinalização é o certo a fazer.
Obedecer a sinalização – somente isso – é o suficiente para a transformação do trânsito brasileiro.
Participe dessa corrente e ajude salvar vidas.