26/11/2024

Sua excelência, o escritor

25 de julho de 2019

25 de julho é o Dia Nacional do Escritor.

O escritor, como definiu Allam Torvic, é um amante solitário.

Com pincel de letras, escreve lágrimas

Bebe da água do silêncio

Banha-se no oceano do passado

Suporta o peso da existência

Caminha entre pedras e vales.

Ser escritor é se perder entre dois mundos – da ficção e da realidade.

É não se preocupar com quantos leitores terá, mas sentir uma necessidade gigantesca de transformar em palavras tudo aquilo que está na sua cabeça.

Ser escritor é sentir que escrever é tão importante quanto respirar.

É acordar no meio da madrugada e mesmo cheio de sono, sair buscando pela casa alguma coisa para anotar aquela ideia que surgiu no meio dos seus sonhos.

Pablo Neruda, grande poeta chileno, morto em 1973, dizia que escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias.

Somos todos escritores, só que alguns escrevem, outros não, dizia o português José Saramago, para quem ser escritor não é apenas escrever livros, é muito mais uma atitude perante a vida, uma exigência e uma intervenção.

Ser escritor é dar vida a lugares que existiam apenas na sua imaginação. É ter vontade de escrever no momento menos apropriado e sofrer por não ter levado um caderno e uma caneta. É dar um pouco de si para cada um dos personagens.

Ser escritor é criar histórias que você realmente gostaria que tivessem acontecido.

É criar pessoas que você amaria conhecer.

É colocar para fora sonhos, medos e desejos e aprender a lidar com todos eles.

 É não ver o tempo passar enquanto cria uma nova história. É sentir uma saudade profunda quando um novo livro chega ao fim.

Ser escritor não é uma luta, é vida. É saber que independente de público, dinheiro, editora… Você não consegue deixar de escrever.

Pobres dos escritores que não se derem conta disso: escrever é transmitir vida, emoção, o que conheço e sei, minha experiência e forma de ver a vida, ensina o baiano Jorge Amado.

Erico Veríssimo, ouro grande nome da literatura brasileira, ensina que nenhum escritor pode criar do nada. Mesmo quando ele não sabe, está usando experiências vividas, lidas ou ouvidas, e até mesmo pressentidas por uma espécie de sexto sentido.

Os escritores brasileiros representam e defendem a identidade cultural do país, fazendo da palavra a matéria-prima de sua arte.

Por meio de pensamentos, sentimentos e opiniões, provocam nos leitores diferentes emoções, fazendo rir, chorar, recordar e refletir.

O escritor tem uma maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de vê-las de qualquer outra maneira.

 

Razão tem o poeta: quando os escritores morrem, eles se transformam nos seus livros. O que, pensando bem, não deixa de ser uma forma interessante de reencarnação.

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