Há muito tempo a corrupção reina em terras brasileiras.
E nesse muito tempo a corrupção tem sido a nossa pauta diariamente.
Desde 2005, com o Mensalão, é raro o dia que não se tenha um novo escândalo no Brasil. Isso é fato.
A corrupção no Brasil choca o mundo, desestabiliza a economia e a confiança dos investidores.
Às vezes o Brasil parece ser, de forma bem clara, de forma bem definida, um país “feito para alguns lucrarem”.
O país não tem outro meio de transporte senão o rodoviário. As estradas são ruins, muitas delas abandonadas.
O combustível é caríssimo, apesar de produzido aqui. As montadoras de veículo têm margens de lucro absurdas, muito maior que em países de maior renda.
O governo, por sua vez, reduz o IPI constantemente para que as montadoras vendam cada vez mais veículos. É um ciclo vicioso.
O Brasil é um dos países com mais recursos naturais do mundo, tem potencial para produzir, mas não o faz.
A questão é: por quê? Porque o país verde-amarelo é um eterno contrassenso: apesar de tanto potencial, é o país que mais arrecada, mas arrecada da forma errada.
No Brasil, incentiva-se o comércio, não a produção. A inflação e o baixo crescimento é o fruto disto.
E mais, o que se arrecada simplesmente não se vê em contraprestações.
Como se adota um modelo federativo em que a União é o ente que mais arrecada e ela é quem efetua a grande parte dos repasses?
Faz-se uma espécie de escadinha com as verbas públicas. O dinheiro sai dos municípios para a União. Então, para que o Município realize obra ou adquira bens, ele espera o repasse da União e do Estado, daquele mesmo dinheiro que os munícipes contribuíram.
O Brasil, apesar de todo potencial, é um país onde grande parte da população é, apesar dos índices apresentados pelo governo, analfabeta funcional; vota-se com a mesma irresponsabilidade que os governantes gastam os tributos.
Aliás, a irresponsabilidade é o que mais se fomenta, quando o país é baseado em programas sociais deferidos de forma inconsequente, ao livre arbítrio, como se dinheiro brotasse de árvore, como se este dinheiro não viesse do bolso de alguém que trabalha.
Como diria Milton Friedman: “não existe almoço grátis”.
É matemática simples: quando alguém recebe sem trabalhar, alguém trabalha sem receber.
O que se rechaça aqui é o deferimento indiscriminado dos programas sociais.
Eles são, em casos excepcionais, de fato necessários, muito embora alguns governantes se orgulhem de que metade da população de seus estados precisa de ajuda governamental para sobreviver.
O Piauí, infelizmente, é um deles.