Pelos exemplos que temos aqui no nosso próprio terreiro fica fácil ter a certeza de que todos nós brasileiros estamos encurralados pela droga. Em qualquer direção que você vá, tem droga pelo caminho.
A droga hoje á uma espécie de avalanche do mal que nos persegue diariamente. Ninguém pode se considerar fora deste risco.
Além de nos encurralar e de nos sufocar, essa epidemia nos deixa abobalhados, nos deixa sem iniciativas para enfrenta-la.
Tentar afastar o jovem da droga através de esporádicas palestras educativas não é o suficiente.
Apesar de se discutir sempre a respeito do tráfico e do uso de drogas, até agora não se observa qualquer avanço no encaminhamento de soluções para o problema.
Os traficantes continuam se multiplicando e com isso vendendo drogas cada vez mais.
Teresina e o Piauí estão infestados de bocas de fumo.
É como se o estouro de um desses locais parisse imediatamente vários outros.
É impressionante a rapidez na proliferação desses pontos do mal.
Mas, afinal, qual a maneira de resolver o problema das drogas, não só no Piauí, mas no Brasil inteiro?
Essa pergunta já vem sendo feita há muito tempo, sem que se consiga chegar efetivamente a um ponto comum, a um ponto de convergência.
Diante do fracasso até agora de praticamente todos os programas de combate às drogas não há como duvidar que estamos marcando passo nessa questão.
É urgente que se faça uma reformulação nessa política.
Alguns especialistas são da opinião de que nossa política de combate às drogas causa mais danos à sociedade do que o uso da droga propriamente dito.
O Brasil enfrenta um grave problema de consumo abusivo, mas as provas são suficientes para mostrar que a repressão e a marginalização dos usuários não são a melhor forma de solucioná-lo.
O tratamento de pessoas viciadas poderia ser uma saída para a questão?
Talvez sim, respondem alguns estudiosos.
Números recentes mostram que apenas 12% dos usuários de drogas desenvolvem algum tipo de quadro de dependência, e que – pelo menos para esses – a melhor saída não é a prisão, é o tratamento.
Um dos caminhos, portanto, seria a implantação de uma rede de atendimento às pessoas viciadas.
É ponto comum entre os que trabalham no combate às drogas que afastar usuários de maconha do contato direto com traficantes deve diminuir o risco de uso de outras drogas e de envolvimento com atividades ilícitas.
A droga – todos nós sabemos disso – infelicita os lares de milhares de pessoas; a droga está destruindo as famílias.
E a família tem e terá sempre um papel muito importante no combate às drogas.
A família não pode sucumbir.
Se a polícia é a ultima barreira entre os criminosos e a sociedade, a família, com certeza, é a última barreira contra as drogas.
É a última barreira para se evitar a entrada da droga nos lares brasileiros.