Hoje vamos dar uma folga às questões políticas e à crise com a qual convivemos há tanto tempo.
Vamos deixar de lado os ditos assuntos sérios do dia a dia e vamos abrir espaço para amenidades.
Só amenidades.
Até mesmo em homenagem à sexta-feira e ao fim de semana que se inicia, vamos falar de bar, de garçom, de cerveja e de cachaça.
Nada mais brasileiro, portanto.
No Brasil, comemora-se na primeira sexta-feira do mês de agosto, o dia do Garçom.
Um dia ingrato para o profissional garçom, por que é na sexta feira que ele mais trabalha.
Mas vamos em frente.
Neste mesmo dia, comemora-se também o Dia da Cerveja, uma invenção americana copiada por estas bandas.
Para o bebedor de cerveja, não há, naturalmente, qualquer inconveniência quanto à data.
Afinal, todo dia é dia.
Já neste dia 13 de setembro, comemora-se o dia da cachaça, esta sim um produto genuinamente verde-amarelo.
E como o brasileiro adora uma molecagem, a cachaça tem mais de 400 apelidos, apelidos que vão literalmente de A a Z.
A cachaça é pinga, é aguardente, é água que passarinho não bebe;
É birinaite, chora menina, é danada e danadinha; é esquenta bucho, fogosa, goró, homeopatia, Iaiá me acode;
É xarope de bêbado, venenosa , urina de santo, entre muitos outros, dependendo da região do país.
É isso que faz da cachaça um produto nacional, um produto genuinamente brasileiro.
Mas o comentário não vem só para enaltecer a cachaça ou a bebida em geral.
O comentário é para cobrar aquilo que no nosso entendimento ainda está faltando nesse contexto.
Estamos deixando de fora nessa lista de homenagens duas figuras importantíssimas para o funcionamento dessa cadeia produtiva.
Estamos esquecendo o bar e o bêbado.
É difícil imaginar todo esse processo sem essas duas figuras.
Como falar em cachaça sem falar no bar?
E como falar na cachaça e no bar sem falar no bêbado?
É evidente que um não vive sem o outro.
O bar não vive sem o bêbado e o bêbado não vive sem o bar.
Aos datadores de plantão, fica a sugestão de que se agasalhe o bar e o bêbado no rol dos homenageados.
O bar é uma extensão do próprio lar. No bar estão os melhores amigos.
Quem costuma frequentar o barzinho sabe disso.
Já o bêbado…
Bom, o bêbado é aquela figura nem sempre simpática, mas sempre aceita por todos.
O bêbado é aquela figura que faz raiva, mas que também nos faz rir.
O bêbado é, na verdade, o filósofo do bar.
É dele, o bêbado, sempre a melhor frase, a melhor piada, a melhor poesia:
“Quando bebemos, ficamos bêbados.
Quando estamos bêbados, dormimos.
Quando dormimos, não cometemos pecados.
Quando não cometemos pecados, vamos para o Céu.
Então, vamos beber para ir pro Céu!”