26/11/2024

A falta que eles não fazem

21 de outubro de 2019

O tempo é mesmo o senhor da razão.

Bastou um pouco de tempo para se perceber que  suplente não faz falta.

A Assembleia Legislativa do Piauí é um exemplo disso.

Pelo alvoroço provocado por alguns suplentes desalojados pelos titulares do mandato imaginou-se que o Legislativo iria parar, iria até fechar as portas.

Um mês e pouco depois se percebe que nada disso aconteceu. Quem acompanha os trabalhos legislativos percebe claramente que tudo está funcionando normalmente. As comissões funcionam, o plenário funciona e a administração do poder funciona.

A saída dos suplentes não causou nenhum dano à ordem de funcionamento das coisas. Apenas provocou um imenso alívio aos cofres públicos que deixou de pagar o salário e as mordomias de tanta gente.

Mais uma verdade:

Por mais que se procure não se consegue encontrar uma única proposta de suplente que tenha modificado alguma coisa no estado. Como também, por dever de justiça, não encontramos nenhuma ação de secretário com mandato de deputado capaz de transformar alguma coisa.

Provado está que assim como a Assembleia Legislativa não precisa de suplentes para funcionar, o governo também não precisa de deputados ocupando suas secretarias para poder andar.

É preciso que se altere a lei que trata de convocação de parlamentares para o Executivo, para assim frear também a convocação de suplentes de deputados estaduais.

Convocação de deputados não pode atender apenas conveniências políticas; não pode servir apenas para garantir votos nas eleições seguintes às custas do dinheiro público. Tem que existir um motivo relevante.

O deputado tem que cumprir seu papel de deputado, porque foi para isso que foi eleito. O suplente tem que se convencer que não teve votos para ser deputado. O eleitor não o quis deputado.

Como diz a sabedoria popular, tem que ser mesmo cada macaco no seu galho. Isso significa que deputado é deputado e suplente é suplente. Adotado este sistema, com certeza todos nós andaremos de forma mais segura.

Um estado quebrado, praticamente falido como o nosso, não pode se dar ao luxo de ter 15 suplentes de deputados estaduais pendurados em mandatos que não lhes pertencem. Desta fase deve se tirar lições, apenas lições, nada mais.

E o governo deve compreender que para resolver os problemas do Piauí não basta puxar a corda dos suplentes para garantir apoio político ou para empregar amigos.

O Piauí precisa de coisas bem diferentes.

O Piauí precisa de vontade política.

O Piauí precisa de bom senso.

O Piauí precisa de projetos que realmente nos levem para a frente.

O Piauí precisa de eficiência administrativa.

O Piauí precisa de competência gerencial

O Piauí precisa de ação.

Produtos que, pelo visto, estão em falta no mercado.

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