O fim de ano está chegando.
E quando o fim do ano está se aproximando é o momento propício para se fazer um balanço da vida.
É o momento propício para reconhecer os erros e os acertos. E também para escolher o caminho a seguir daqui por diante.
Este momento é muito íntimo, muito pessoal.
É uma espécie de confissão, onde se admite os fracassos e as frustrações; onde se admite os erros, os acertos e os desenganos.
E só ao final, depois de reconhecer tudo isso, é chegada a hora de louvar os acertos e analisar os erros.
O homem tem que carregar sempre essa coragem de reconhecer que errou; a coragem de dizer publicamente que não é infalível; a coragem de dizer que pecou contra o próprio homem.
Se errar é humano, por que esconder o erro?
O homem tem que ter coragem para dizer que se enganou e até que mentiu.
O homem tem que ter coragem de pedir perdão. Perdão pelos erros, perdão pelo que prometeu e não fez.
O final de ano é o momento certo para um balanço real, para um encontro de contas.
É o momento em que se tem de buscar respostas.
Não só respostas para si, para seus problemas pessoais, mas resposta para os problemas dos outros também.
Respostas para o que fizeram com o nosso país, respostas para o que fizeram com o nosso estado e com nossa cidade.
Vivemos, afinal, no país que queremos, vivemos no estado que imaginamos um dia?
Certamente que não.
Com certeza todos nós imaginamos um país melhor e um estado melhor, bem diferente do que temos hoje.
E se não temos o país que queremos nem o estado que desejamos, o que fazer daqui para frente?
Esta é a resposta que precisamos encontrar.
Mas como encontrar respostas para o que não temos?
Talvez aí tenhamos realmente que começar bem do comecinho.
É começar perguntando – a nós mesmos – quem somos, de onde viemos e para onde queremos ir.
É definir um rumo, escolhendo um caminho de decência, de honestidade e de seriedade.
Se não podemos ter isso no momento, vamos lutar tenazmente para que nossos filhos ou nossos netos alcancem um Brasil melhor, alcancem um Piauí melhor.
Alcancem um país e um estado que efetivamente cuidem do seu povo.
Um país e um estado sensíveis aos problemas do povo, sobretudo dos mais humildes, dos mais pobres, tão necessitados e vivendo sempre ao desamparo do poder público.
Vivendo sempre desprotegidos e desprotegidos sempre exatamente por quem um dia jurou defendê-los.