O governador Wellington Dias chegou a considerar muito pequena a proposta do presidente Bolsonaro de zerar os impostos sobre combustíveis em troca do fim da cobrança do ICMS nos estados.
O governador do Piauí e os demais governadores do Brasil, defendem uma reforma tributária para se equacionar o problema.
Fica claro que o governante não está muito preocupado em oferecer ao seu contribuinte uma carga tributária um pouco mais leve.
Fica claro, bem claro, que a preocupação maior é com o cofre.
O governante, é verdade, deve sim se preocupar com o cofre público, mas deve também se preocupar – e muito – com o bem estar do cidadão.
É preciso entender que o cidadão não nasce, vive e morre apenas para pagar impostos.
O estado tem suas obrigações para com a população, obrigações que nem sempre cumpre.
O cidadão brasileiro, explorado eternamente por uma infinidade de impostos, não tem saúde, não tem educação, não tem segurança. Isso para dizer o mínimo.
O cidadão brasileiro, em determinadas situações, não tem sequer a quem recorrer.
Fica claro que para o governador o que mais importa é um cofre cheio de dinheiro advindo de impostos, muitas vezes cobrados de forma escorchante.
O bem estar de uma população explorada passa bem longe de suas preocupações.
Pelo menos é o que se pode observar diante de situações como essa.
O governante precisa entender que o dinheiro que vai faltar no cofre, por conta da isenção do ICMS nos combustíveis, poderá retornar ao mesmo cofre por outros caminhos.
Ao baratear o combustível, o governo irá promover também a queda de preço de alimentos.
Arroz, carne, feijão, todos eles transportados em veículos movidos a gasolina ou óleo diesel, terão seus preços reduzidos.
Ao promover isso, com certeza haverá uma maior procura e maior consumo de alimentos e outros produtos.
Com o aumento no consumo, o governo irá arrecadar mais impostos e reabastecer seu cofre.
Por que tanto medo de arriscar?
Por que tanto medo em oferecer ao cidadão uma vida um pouquinho mais fácil?
O governante brasileiro geralmente é um ser insensível.
O governante, via de regra, parece ser uma pessoa que não se sensibiliza nem mesmo diante das piores tragédias.
Infelizmente tem sido assim ao longo dos anos.
Falta sensibilidade, falta humildade e falta, acima de tudo, amor ao próximo, principalmente aos mais pobres.
O governo do Piauí tem vivido para gerenciar a folha de pagamento. Usa todos os recursos de que dispõe e mais alguma coisa para pagar cerca de cem mil pessoas.
Esquece que o estado inteiro tem mais de 3 milhões de habitantes que necessitam das ações governamentais.
São pessoas que hoje vivem amarguradas, sem perspectiva de futuro.
Mas, fazer o que?
Ao rei tudo.
Até a honra.