O 13 de maio é conhecido no Brasil por ser o dia da aparição de Nossa Senhora. Afinal, o Brasil é um país de devotos.
Mas é também a data em que o Brasil se tornou um dos últimos países do mundo a abolir o cruel regime da escravidão.
Sempre fomos uma contradição.
Somos o maior país católico do mundo, veneramos Nossa Senhora, a mãe de Deus, mas somos escravagistas, mantínhamos nossos irmãos de cor no cativeiro.
Mas desde 1961, também festejamos no 13 de maio o Dia da Fraternidade Brasileira.
Esta data, criada por iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB, celebra um dos valores mais importantes para manter a união e a paz numa sociedade: a fraternidade.
A ideia da fraternidade está baseada no conceito de que todos os seres humanos são iguais e, neste sentido, devem ser tratados igualmente com dignidade e respeito.
A fraternidade faz com que todos os seres humanos sejam igualados ao status de irmãos, devendo possuir direitos iguais, independente da orientação sexual, etnia, religião ou classe econômica.
Charles Chaplin, o grande artistas inglês dos tempos do cinema mudo, dizia que a ambição envenenou a alma dos homens, ergueu um muro de ódio ao redor do mundo, nos atirou dentro da miséria e também do ódio.
Desenvolvemos a velocidade, mas nos fechamos em nós mesmos.
As máquinas que trouxeram mudanças nos deixaram desamparados.
Nossos conhecimentos nos deixaram cínicos.
Nossa inteligência nos deixou duros e impiedosos.
Nós pensamos demais e sentimos muito pouco.
Mais do que maquinaria, nós precisamos de humanidade.
Mais do que inteligência, precisamos de bondade e compreensão.
Sem estas qualidades a vida será violenta e estaremos todos perdidos.
O aeroplano e o rádio nos aproximam, e a própria natureza destes inventos demonstram a divindade do homem. Exige uma fraternidade universal para a unidade de todos nós.
Concluo citando Dalai Lama:
Se existe amor, há também esperança de existirem verdadeiras famílias, verdadeira fraternidade, verdadeira igualdade e verdadeira paz.
Se não há mais amor dentro de você, se você continua a ver os outros como inimigos, não importa o conhecimento ou o nível de instrução que você tenha, não importa o progresso material que alcance, só haverá sofrimento e confusão no cômputo final.
O homem vai continuar enganando e subjugando outros homens. Basicamente, todo mundo existe na própria natureza do sofrimento, por isso insultar ou maltratar os outros é algo sem propósito.
O fundamento de toda prática espiritual é o amor.
Que você o pratique bem é meu único pedido.
A árvore da esperança de um mundo melhor, deve ser regada com amor,
paz e fraternidade