As pessoas acusadas ou suspeitas de crime têm direito à presunção de inocência. A lei brasileira garante aos acusados em geral o direito ao contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
As pessoas envolvidas na Operação Topic têm esse direito. É da lei. Todos os envolvidos terão direito a se defender, terão direito a protestar inocência perante o juiz, em qualquer instância em que esteja o processo. Inclusive na fase de inquérito policial.
Não pode ser diferente no caso da Operação Topic e certamente não será, fiquem certos os acusados.
No Piauí, o problema é que além de espernear o acusado quer fazer crer que não cometeu crime nenhum e que tudo não passa de pura perseguição política, por isto ou por aquilo. É natural que os acusados queiram se eximir da culpa, mesmo diante de provas que a Polícia Federal considera irrefutáveis.
Mas quando se tenta atribuir aos investigadores esse papel de perseguidores implacáveis, a questão de se torna risível.
Risível, sim, porque até agora o trabalho da Polícia Federal tem sido irrepreensível. A Polícia Federal, até agora, tem trabalhado em cima de provas cada vez mais convincentes dos malfeitos praticados na Secretaria Estadual de Educação na gestão de Rejane Dias.
As provas apresentadas são contundentes. Mostram com riquezas de detalhes um envolvimento criminoso de autoridades públicas com agentes civis de má índole se apropriando de recursos do contribuinte.
Mostram, inclusive, um irmão da deputada Rejane Dias como possível proprietário de apartamentos de alto luxo para aluguel. A própria Polícia Federal teria alugado um desses imóveis para efeitos de prova.
Tentar colocar em cheque provas deste tipo, com o objetivo claro de estabelecer a dúvida, não vai funcionar.
A população piauiense tem se manifestado cada vez mais favorável as investigações da Polícia Federal. Não só às investigações, mas a condenação dos culpados.
São valores altos, são valores assombrosos e inimagináveis para o piauiense.
O piauiense está abismado diante de tanto dinheiro fruto dessa ação criminosa. Mais espantado ainda por saber que todo esse dinheiro desviado deveria ter sido aplicado em benefício das escolas e dos alunos.
O piauiense fica revoltado porque sabe que o seu filho ficou sem transporte e sem merenda escolar.
O que a Polícia Federal está fazendo é nada mais do que reunindo provas que possam garantir a condenação dos culpados por atos tão inescrupulosos.
Pouco ligando para a patente e para o tamanho da bota dos suspeitos.