Foi comovente a situação de Izael Renan de Oliveira Lopes, 4 anos, durante audiência, ontem na Alepi, que debateu o uso da Cannabis Sativa (maconha) para fins medicinais. Os pais, Deonato Lopes e Regina Oliveira, fizeram questão de levar o pequeno para acompanhar o debate; isso porque ele é um dos vários que precisam de um medicamento extraído da planta da maconha para evitar crises de epilepsia. Conduzindo Izael em uma cadeira de rodas, o casal permaneceu no local até o final da reunião no sentido de contribuir com as discussões e, também, na expectativa de obter apoio para aprovação do PL apresentado no parlamento estadual que visa regulamentar a produção da Cannabis. A ideia é do deputado petista Ziza Carvalho.

O pequeno possui a rara Síndrome de West, em consequência disso, desenvolveu paralisia cerebral e autismo. Suas crises de epilepsia são tão fortes que só passam com o medicamento especial, à base de maconha, que vem sendo doado por algumas almas caridosas. Como a substância não é regulamentada, Deonato e Regina recorrem ao mercado clandestino. O valor varia entre R$ 150 e R$ 200, dinheiro que faz falta no final do mês, já que o orçamento da família é limitado. Que sofrimento o do pequeno Izael; quão guerreiros são os seus pais. Assim como outros tantos, Deonato e Regina só querem ter como comprar, sem entraves e a um menor preço, o remédio que alivia um pouco o sofrimento do filho; só isso… Está na hora de se quebrar o estigma social em torno da Cannabis; vidas estão em jogo. Que os nossos deputados estaduais tenham a devida sensatez e aprovem esse projeto de lei, ainda tramitando pelas comissões técnicas.