Teve ou não teve reunião dos vereadores teresinenses com o prefeito Doutor Pessoa (MDB)? O oposicionista Edson Melo (PSDB), que já não iria mesmo se fazer presente, garantiu que não, mas foi desmentido pela assessoria de comunicação do executivo. De fato, o encontro houve, mas nem tudo saiu como o esperado e o problema foi o próprio prefeito, pelo menos foi o que garantiu um correligionário do gestor, que preferiu não se identificar.
A reunião estava marcada para acontecer às 11h de hoje, no Palácio da Cidade, com o objetivo de discutir a proposta que prevê a adequação da prefeitura à reforma da Previdência. Um vereador petista disse que foi até o Salão Nobre (onde rolou o bate-papo), mas que esperou mais de 1h e não ganhou nem um copo de água como cortesia da casa, por isso resolveu “pegar o beco” para aproveitar e resolver alguns problemas pessoais. Ele foi acompanhado por um grupo grandes de colegas de parlamento, entre eles estava o presidente da Câmara, Jeová Alencar (MDB). Em registros fotográficos enviados à imprensa pela assessoria da prefeitura, é possível ver que permaneceram Roberval Queiroz (DEM), Luís André (PSL), Dudu (PT), Renato Berger (PSD) e Joaquim Caldas (MDB). Doutor Pessoa esteve acompanhado do vice-prefeito, Robert Rios (PSB), do coordenador de Comunicação, Lucas Pereira, e do presidente do IPMT, Esdras Avelino.
Dizem que a revolta dos parlamentares não foi só devido ao atraso de Doutor Pessoa. O real motivo seria o desconforto entre João Duarte, o Pessoinha (filho de Doutor Pessoa), e Jeová. O presidente da Eturb, dizem alguns especuladores, pretende não mais disputar vaga na Câmara Federal, e sim na Alepi. Acontece é que o presidente do parlamento teresinense é pré-candidato a deputado estadual e não está nada satisfeito com a possibilidade de ter que brigar por espaço com um integrante do secretariado municipal. Quem está pagando pela querela, pelo jeito, é o chefe do executivo. Se a paz não for selada, aliás, a situação vai ficar complicada para pessoa na Câmara, afinal, Alencar detém o apoio e o principal, a lealdade, da maioria dos vereadores. Em outras palavras, o que Jeová disser, boa parte dos parlamentares acata: a revolta de hoje teria sido mais uma prova. Teria ele provocado a debandada de hoje? Deixemos no ar o questionamento…