O Piauí já teve transplantes para coração e fígado. Não tem mais. Hoje tem apenas para rim e córnea. Segundo a Associação dos Pacientes Renais e Transplantados falta mesmo vontade política, porque precisaria e um hospital dia num custo aproximado de R$ 250 mil para manter as equipes, os equipamentos e as condições para o transplante de outros órgãos. Os pacientes que precisam de um novo fígado ou outros órgãos têm que ir para o Ceará. Para isso, mesmo com o programa do Tratamento Fora do Domicílio (TFD) ainda precisam de recursos para se manterem. O programa cobre transporte, hospedagem e concede uma diária de R$ 24,50 por paciente. Não existe a possibilidade de furar a fila do SUS para transplante de órgãos, segundo Luís Filho, da direção da Associação dos Pacientes Renais, tem vários critérios a serem seguidos como a compatibilidade, a proximidade, a situação de gravidade do paciente que vai receber o órgão, a distância que ele está do doador, dentre outras. Luís Filho ainda informou que por aqui tem uma fila de 3 mil pacientes fazendo hemodiálise e que o único centro de hemodiálise totalmente público é do Hospital Getúlio Vargas (HGV) e que, mesmo assim, os equipamentos e as cadeiras para fazer a filtragem do sangue são de uma empresa terceirizada. E dos centros, esse é o menor no atendimento em nefrologia.