O ex-deputado federal Hidelbrando Pascoal Nogueira Neto, acusado de liderar um grupo de extermínio na década de 90, vai ser julgado hoje (13) no Tribunal […]
O ex-deputado federal Hidelbrando Pascoal Nogueira Neto, acusado de liderar um grupo de extermínio na década de 90, vai ser julgado hoje (13) no Tribunal do Júri feito por meio de videoconferência pelo juiz da comarca de Parnaguá, José Sodré Ferreira Neto, no caso Huguinho. Hildebrando Paschoal foi acusado de sequestrar e assassinar José Hugo Alves Júnior, em 1997, no interior do Piauí.
Hugo foi acusado de matar um irmão de Hildebrando, subtenente da PM Itamar Paschoal, no Acre. Na época Hugo fugiu e o grupo do ex-deputado Hildebrando espalhou cartazes e ofereceu recompensa de R$ 50 mil pela localização e captura de Huguinho, que foi localizado e preso em Parnaguá.
Hildebrando veio pessoalmente ao Piauí para pegar Huguinho. Ele pousou um avião numa rodovia em Parnaguá, onde Huguinho, que tinha sido preso, foi entregue ao grupo de Hildebrando. A vítima foi levada para Bahia, onde foi torturado e morto. O corpo foi dissolvido em ácido.
Essa será a primeira sessão do Tribunal do Júri por meio de videoconferência no âmbito do Tribunal de Justiça do Piauí. Além de Hidelbrando Pascoal, o ex-policial militar Raimundo Alves de Oliveira, também acusado de homicídio contra José Hugo Júnior. A sessão é presidida pelo juiz José Sodré Neto e conta com apoio do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJ-AC). Os acusados cumprem pena por outros crimes cometidos naquele estado.
Para a realização do Júri, serão ouvidas três testemunhas no Fórum da comarca de Parnaguá. Já os dois acusados, serão ouvidos por meio de videoconferência, realizada com uso de ferramenta disponibilizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aos Tribunais de Justiça do Piauí e do Acre.
“O uso da videoconferência para a realização dessa sessão do Júri é fundamental, uma vez que os dois acusados estão custodiados no estado do Acre, inclusive, um deles (Hidelbrando Pascoal) passa por problemas de saúde que levaram à si prisão domiciliar. Então, essa ferramenta de videoconferência disponibilizada pelos Tribunais de Justiça do Piauí e do Acre é primordial para a prestação jurisdicional neste caso”, declarou o magistrado José Sodré.