25/11/2024

Polícia

PF deflagra operação contra corrupção e vazamento de investigação

Agentes da PF fizeram busca e apreensão em escritórios de advogados

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Publicado por: Luciano Coelho Repórter: Luciano Coelho 16/12/2020, 08:19

A Polícia Federal deflagrou investiga a conduta de um servidor público e um advogado suspeitos de tentar interferir nas investigações policiais que resultaram na Operação Delivery, executada em Teresina.

Nesta quarta (16) a Polícia Federal deflagrou a “Operação Acesso Negado II- Epifania”, que apura tentativa de vazamento de informações acerca da Operação Delivery.

Dez agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão em Teresina e Matias Olímpio (Foto: divulgação)

A investigação teve início após suspeita de que advogados e investigados da Operação Delivery teriam tentado acessar indevidamente informações sigilosas relacionadas aos fatos investigados. No curso dos trabalhos foram identificados indícios razoáveis de que servidor da Justiça Estadual do Piauí teria realizado acesso indevido a sistemas da Justiça Estadual do Piauí no intuito de informar a advogados acerca de expedição de mandados de busca e apreensão e prisão preventiva decorrente de investigações policiais.

Ainda, o inquérito policial aponta que o referido servidor recebeu vantagem indevida no intuito de satisfazer interesse do advogado investigado.

Sede da superintendência da PF-PI, na zona leste de Teresina (Foto: reprodução/Alepi)

Nesta fase estão sendo mobilizados 10 policiais federais para o cumprimento de 3 mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina e Matias Olímpio, expedidos pela Justiça Federal. O objetivo do cumprimento das medidas judiciais é colher elementos de prova que ratifiquem a tese de que advogados tiveram acesso a informações sigilosas referentes à Operação Delivery, dentre outros casos, após pagamento de vantagem indevida a servidor da Justiça do Piauí.

Os investigados poderão responder, na medida de suas culpabilidades, pelos crimes de corrupção ativa/passiva (arts. 317 e 333 do CP), violação do sigilo funcional (art. 325 do CP) e embaraço a investigação que envolve organização criminosa (art. 2º, §1º da lei 12.850/13) cujas penas somadas podem chegar a 22 anos de reclusão.

O termo “epifania” é usado nos sentidos filosófico e literal para indicar que alguém “encontrou finalmente a última peça do quebra-cabeças e agora consegue ver a imagem”.

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Fonte: Ascom PF/PI

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