João Paulo dos Santos Mourão e Maria Nerci dos Santos Mourão foram acusados de homicídio triplamente qualificado
A mãe e o irmão da advogada Izadora Mourão, morta a facadas no dia 13 fevereiro em Pedro II, município localizado no norte do Piauí, serão julgados pelo Tribunal Popular do Júri. A decisão, que foi divulgada nesta quarta-feira (21), é do juiz da 2ª Vara da Comarca de Pedro II, Diego Ricardo Melo de Almeida. João Paulo dos Santos Mourão e Maria Nerci dos Santos Mourão foram indiciados por homicídio triplamente qualificado.
De acordo com a decisão, os indícios de autoria foram evidenciados, essencialmente, pela prova técnica produzida nos autos. Essa prova ajudou a esclarecer a cronologia e as circunstâncias dos fatos, aliada aos depoimentos das testemunhas e interrogatórios dos acusados. O Magistrado apontou ainda que às versões apresentadas pelos acusados apresentam diversas incoerências, quando analisadas em conjunto com os demais elementos de provas obtidos na instrução processual.
No dia 23 de junho, Maria Nerci, a mãe de Izadora, chegou a assumir sozinha a execução da filha durante uma audiência de instrução e julgamento. No entanto, o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Costa, o Baretta, em entrevista a Teresina FM, no dia 30 de junho, afirmou que as investigações apontam que o autor do crime é João Paulo, e que Maria Nerci apenas ajudou na ação.
Na decisão, o juiz afirma que os acusados teriam agido com emprego de meio cruel, utilizando-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, e por razões da condição de sexo feminino. “Entendo que tais circunstâncias merecem ser submetidas à apreciação do Tribunal do Júri“, diz a sentença. Ainda não há uma data para o início do julgamento.
Izadora Mourão era advogada, e foi assassinada no dia 13 de fevereiro, na cidade Pedro II (PI), com 11 golpes de faca, enquanto dormia. O caso já possui provas consistentes que o irmão dela, João Paulo, é o autor do crime. A mãe dela, Maria Nerci, assumiu a autoria do crime, mas de acordo com a polícia civil, ela apenas ajudou na execução.
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