Matéria de Luciano Coelho

A escalada da violência no Piauí é tratada pela população como uma crise na segurança, que precisou dar satisfações. Entre janeiro e julho de 2021, o estado registrou 407 assassinatos, uma média de quase duas mortes por dia. A maioria desses homicídios foram no interior do estado, 56% do total, com o índice de 230 mortes nesse período.

Pasta elabora medidas em resposta aos índices acentuados de violência no estado (Foto: Divulgação/SSP-PI)

Os números são da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), vinculados à Rede de Observatórios da Segurança, nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

O Piauí tem um Plano Estadual de Segurança Pública, mas não acompanhou as mudanças nas dinâmicas criminais em curso no Brasil, no Nordeste e no próprio estado. Houve um crescimento vertiginoso dos homicídios, também com a consolidação das organizações criminais como o PCC e Bonde dos 40, que disputam território e se digladiam, realizando execuções de rivais e ameaçando toda a sociedade.

Secretário de Segurança aposta em parcerias com outros órgãos para enfrentar criminosos (Foto: Divulgação/SSP-PI)

As forças de segurança tentam contornar o problema, em resposta à população que cobra providências. O secretário de Segurança Rubens Pereira instalou um gabinete de gestão integrada e adotou as parcerias com as Polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária para combater a criminalidade e o tráfico de drogas. Em Teresina, por exemplo, foram disponibilizadas viaturas em pontos estratégicos para oferecer suporte aos cidadãos.