Coronel destaca que não há frequência de ataques a agentes no Piauí como em outros estados
O presidente da Associação de Oficiais Militares do Piauí (Amepi), major Diego Melo, concedeu entrevista ao JT1 da Teresina FM nesta terça-feira (9) e declarou que há uma caça em curso aos policiais militares no estado promovida por facções criminosas. Citou como exemplo o caso do agente de Valença, agredido por bandidos que ainda roubaram sua arma de serviço, e trouxe dados da própria Amepi que revelam o alarmante número de 78 PMs mortos em abordagens violentas desde 2015.
No entanto, o secretário de Estado de Segurança, coronel Rubens Pereira, discorda da fala impactante do major. O entrevistado do JT1 desta quarta-feira (10) afirmou que o caso de Valença está sendo devidamente apurado pela Polícia Civil. “Não se trata de ocorrências frequentes como se tenta emplacar. Ao contrário, são casos pontuais, uma vez que não há frequência de ataques a policiais como verificado em outros estados”, rebateu o gestor.
A respeito das acusações de que o efetivo de policiais está envelhecido e com uma quantidade menor que a esperada, o secretário pontuou que a Polícia Militar reforça o policiamento ostensivo com os recursos que dispõe, compensando as folgas dos agentes, por exemplo. Em seguida, ressaltou as operações realizadas em áreas de maior periculosidade e destacou alguns números observados neste ano: 4 mil prisões efetuadas pela PM, 17 autuações em flagrante pela PC, além da captura e prisão de mais de 80 membros de organizações criminosas.
“Diante das estatísticas, apresentamos uma produtividade superior à registrada no ano passado. No entanto, fatos negativos acabam tendo maior repercussão que os dados positivos. Estamos trabalhando para diminuir os índices criminais, mas precisamos de uma legislação mais rigorosa contra os infratores, em especial os reincidentes, a fim de que permaneçam encarcerados por mais tempo”, defendeu o coronel.
Pereira ainda acrescentou que assinou, na última sexta-feira (5), um termo de cooperação com a Polícia Federal (PF) para criar uma força-tarefa integrada dos órgãos federais e estaduais com o intuito de combater facções criminosas do litoral e outras regiões do Piauí. Além disso, reuniu-se recentemente com os secretários de segurança de Ceará e Maranhão para discutir medidas de contenção das organizações que se estendem por mais de um estado.