28/11/2024

Polícia

PF vai transferir ‘Colômbia’ e suspeitos do caso Bruno e Dom para Manaus

A Justiça Federal já decretou a prisão preventiva de quatro acusados

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Publicado por: Caio Rabelo 09/07/2022, 14:19

A Polícia Federal no Amazonas (PF-AM) informou, na manhã deste sábado (9), que vai transferir os suspeitos envolvidos nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips para Manaus. O homem que se identifica como Rubens Villar Coelho, conhecido como “Colômbia” também será transferido para a capital.

Amarildo da Costa de Oliveira, 41, conhecido como “Pelado”, já saiu de Atalaia do Norte, cidade onde Bruno e Dom foram mortos, na manhã deste sábado. Jeferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, e Oseney da Costa de Oliveira, 41, o “Dos Santos”, irmão de Amarildo, seguem custodiados na delegacia da cidade.

Rubens Villar Coelho, conhecido como “Colômbia”, e Amarildo da Costa de Oliveira, o “Pelado”. (Foto: Reprodução)

Já “Colômbia” está preso em Tabatinga, cidade vizinha a Atalaia do Norte, desde quinta-feira (7), por uso de documento falso. Em depoimento à PF, ele negou ser o mandante das mortes do indigenista e do jornalista e qualquer envolvimento no caso. A Polícia Federal investiga se o homem chefia a pesca ilegal na região da Terra Indígena Vale do Javari.

A Justiça Federal já decretou a prisão preventiva dos quatro – Amarildo, Jeferson, Oseney e “Colômbia”, na sexta-feira (8). Com isso, eles vão responder aos processos presos.

Prisão de “Colômbia”

Segundo informações obtidas com exclusividade pela Rede Amazônica, “Colômbia” foi até a unidade da PF em Tabatinga, para afirmar que não teria envolvimento com os assassinatos de Bruno e Dom.

No momento da identificação na delegacia da PF, agentes constataram que o documento apresentado por “Colômbia” era falso. Ainda de acordo com fontes da PF, Rubens Villar teria pelo menos mais dois documentos falsos, um do Brasil e outro da Colômbia. A nacionalidade dele é peruana.

Na tarde de sexta-feira (8), o homem passou por audiência de custódia no prédio da Justiça Federal, em Tabatinga.

A audiência de custódia foi encerrada ainda durante a tarde, com a prisão preventiva em nome dele ser decretada pela Justiça Federal.

Desde o início das investigações do caso Bruno e Dom, relatos de moradores à imprensa ligam o nome de “Colômbia” à pesca ilegal na região. Embora a motivação das mortes dos dois ainda não tenha sido divulgada, há suspeita de que o indigenista e o jornalista tenham sido assassinados porque Bruno era um defensor dos indígenas e combatia a pesca ilegal na região do Vale do Javari.

Amarildo, a família dele e Jeferson atuavam com a pesca em Atalaia do Norte. Agora, a PF investiga se “Colômbia” empregava Amarildo, Oseney e Jeferson e qual a relação do estrangeiro com a pesca na região.

Em depoimento, o homem disse que apenas possui “relação comercial” com pescadores da região. Em uma coletiva realizada pela PF em Manaus, na sexta-feira, o órgão não especificou qual seria o tipo de relação.

Suspeitos do caso

Diferente de “Colômbia”, Amarildo, Oseney e Jeferson estão presos por participação no duplo homicídio. Amarildo e Jeferson já confessaram o crime em depoimentos à PF e à Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).

As duas polícias fizeram a reconstituição do caso na semana passada, e utilizaram embarcações possivelmente usadas no crime nas simulações. Jeferson também foi levado para as áreas ondes os crimes ocorreram. Além de serem mortos a tiros, Bruno e Dom foram esquartejados e tiveram os restos mortais enterrados.

Os dois foram assassinados enquanto navegavam pelo Rio Itacoaí, que corta Atalaia do Norte.

Fonte: G1

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