Benefícios fraudulentos destinados a trabalhadoras rurais causaram prejuízo de R$ 1,2 milhão ao INSS
A Polícia Federal, em parceria com a Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT), deflagrou na manhã desta terça-feira (13) a Operação Falsa Campesina. O objetivo da ação é desarticular uma associação criminosa especializada em fraudes em benefícios de salário-maternidade.
Ao todo, 22 agentes cumpriram 11 mandados judiciais, sendo cinco mandados de busca e apreensão, três de prisão temporária e três de afastamento das funções, todos expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Teresina e cumpridos no município de Água Branca, a 99 km da capital.
No decorrer das investigações foram identificados 373 benefícios supostamente fraudulentos. O prejuízo efetivo ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), até o momento, é de mais de R$ 1,2 milhão.
A operação apontou ainda o envolvimento de dirigentes de Sindicato de Trabalhadores Rurais e de um servidor público do INSS, atualmente aposentado, que forjavam documentos e etapas dos processos de concessão dos benefícios a mulheres que não eram trabalhadoras rurais.
A Justiça determinou o bloqueio das contas bancárias de quatro pessoas envolvidas nas fraudes, bem como a proibição de acessar ou frequentar o Sindicato de Trabalhadores Rurais e ainda de manter contato com determinadas pessoas.
De acordo com a PF, os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e estelionato majorado.