A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (14) a Operação Quebra Ossos, com o objetivo de desarticular grupo criminoso que inseria dados falsos no Sistema Unificado de Saúde (SUS) a fim de receber repasses de emendas parlamentares.

Os agentes da PF cumprem 16 mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária em Teresina e Parnaíba, no Piauí, e em Igarapé Grande, Lago do Junco, Lago dos Rodrigues, Caxias e Timon, no Maranhão.

Policiais cumprem mandado em residência de investigado (Foto: Divulgação/PF)

Segundo o órgão, as investigações tiveram início em Igarapé Grande, cidade na qual, em 2020, foram realizadas mais de 12,7 mil radiografias de dedo, embora sua população total não supere os 11,5 mil habitantes.

Dessa forma, o teto para o repasse de recursos que financiam ações e serviços de saúde registrou uma elevação para o ano seguinte.

Ainda de acordo com a PF, os membros da organização criminosa são suspeitos de terem efetuado as práticas de fraude em vários municípios maranhenses desde 2018.

As empresas investigadas ocupam posições de destaque no ranking das que mais receberam recursos públicos da saúde, entre 2019 e 2022, no Maranhão. Uma delas, inclusive, foi agraciada com quase R$ 52 milhões.

Diante dos desdobramentos da operação, um servidor público foi afastado do cargo e empresários e empresas tiveram seu direito de participar de licitações e contratações suspenso.

Caso as suspeitas sejam confirmadas, os investigados poderão responder por inserção de dados falsos, fraude à licitação, superfaturamento contratual, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.