Deu n’O Antagonista.
Uma pesquisa do Instituto da Democracia, publicada pelo Valor, mostrou que, para 64,8% dos entrevistados, “a democracia é preferível a qualquer outra forma de governo”.
Em 2018, com Michel Temer (e Joesley Batista), o resultado foi bem pior: 56,2% apoiaram o regime democrático.
O número daqueles para os quais “uma ditadura pode ser preferível em algumas circunstâncias” despencou de 21,1% para apenas 11,2%.
Jair Bolsonaro fez bem para a democracia.
O nó começa a apertar.
O governador Wellington Dias anda implorando por um alongamento de dívida.
O governo, segundo o próprio governo, paga 450 milhões de reais por ano aos seus credores.
Como a coisa tá ficando preta, quer pagar apenas a metade disso.
Não foi falta de aviso.
Há quem desconfie da intenção de Silvio Mendes ao retornar ao PSDB.
O desconfiômetro tucano avalia que ele vai querer bater chapa com o candidato oficial na convenção municipal, caso ele não seja o ungido.
E, se isso ocorrer, vai voar pena para todos os lados.
Enquanto isso..
Pense num homem popular, esse senador Ciro Nogueira.
Domingo, em Júlio Borges, ele almoçou com o prato de arroz e galinha apoiado nas pernas.
Os flashes pipocaram e as fotos ganharam as redes sociais.
Como exemplo de simplicidade.
Trecho do depoimento do empresário Reginaldo Carvalho à Polícia Federal:
“O dinheiro era acomodado em mochilas pelo próprio Gustavo Nogueira após conferência”.
A PF diz que já tinha em mãos relatórios do fisco que mostravam que as empresas e familiares de Nogueira movimentaram mais de R$ 5 milhões ‘sem comprovação de origem, o que constituiria mecanismo de ocultação e dissimulação da origem e propriedade destes valores’.
Reginaldo Carvalho, dono da rede de supermercados R Carvalho contou tudo à Polícia Federal.
Entregou sim 5 milhões de reais a Gustavo Nogueira, irmão do senador Ciro Nogueira.
O dinheiro saiu todo ele em sacolas.
A mando da JBS.
A farra promete ser boa.
O governo estadual está liberando 400 mil reais para duas festas de carnaval na Potycabana.
Promovidas pelo apresentador Ieldson Vasconcelos.
E com emenda do deputado coronel Carlos Augusto.
Deu n’O Antagonista.
Além de Rodrigo Maia, governadores colocaram Jair Bolsonaro contra a parede para recriar o Ministério da Segurança Pública — hoje, o presidente admitiu pela primeira vez que existe essa possibilidade.
Os argumentos técnicos — de maior interação com as Secretarias Estaduais de Segurança e descentralização do recursos — fazem fumaça para a intenção de enfraquecer ainda mais Sergio Moro, hoje ministro da pasta que reúne a Justiça e a Segurança Pública.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que se apresenta como presidenciável, admitiu a O Antagonista que a cisão dos ministérios “é um movimento que cresce entre os governos estaduais”.
Ele disse não saber “quem está puxando isso”, mas deu a dica: “Talvez Ibaneis possa informar melhor”.
Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, comanda o Fórum de Governadores, que tenta concentrar os principais pleitos da turma.
O emedebista, que também chega a se colocar como presidenciável nos bastidores, está em pé de guerra com Moro desde o ano passado, quando o ministro decidiu transferir líderes do PCC para o presídio federal de Brasília. “Essa atitude do ministro Moro demonstra que ele não conhece nada de segurança, realmente”, disse Ibaneis, em março de 2019.