VOTAÇÃO DO COAF O deputado federal Merlong Solano (PT) discursou na Câmara dos Deputados, ontem (23), contra o que considera um linchamento virtual. “Lideranças do […]
VOTAÇÃO DO COAF
O deputado federal Merlong Solano (PT) discursou na Câmara dos Deputados, ontem (23), contra o que considera um linchamento virtual. “Lideranças do PSL estão utilizando as redes sociais para, em tom de denúncia, apontar o nome de deputados que votaram para que o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) voltasse para o seu Ministério de origem, que é o Ministério da Fazenda”, explicou.
Merlong disse suspeitar que o presidente Bolsonaro tenha transferido o Coaf para o Ministério da Justiça, comandado pelo ex-juiz Sérgio Moro, porque a investigação que liga o senador Flávio Bolsonaro a Fabrício Queiroz foi originada a partir de informações colhidas pelo Coaf e transmitidas para o Ministério Público.
O deputado parabenizou o Conselho pelo trabalho realizado e afirmou que “muito do que foi feito no país em matéria de combate à corrupção foi feito justamente a partir dos trabalhos do Coaf”.
Merlong frisou que o Coaf foi criado em 1998, quando o PSDB ocupava a presidência da República. “Naquele momento Fernando Henrique tomou a decisão correta de colocar o Coaf no Ministério da Fazenda, agora Ministério da Economia, porque trata-se de um órgão de inteligência financeira, que acompanha as transações de todos os correntistas do país e, havendo irregularidade, encaminha essas informações para os órgãos de controle, para o Ministério Público, para própria Justiça”, destacou.
O parlamentar afirmou ser a favor do combate à corrupção e que, nesse quesito, o comportamento do juiz Sérgio Moro está longe de ser ético. “Em muitos casos, Moro foi seletivo. Prendeu o presidente Lula sem provas e aceitou o cargo de ministro da Justiça do presidente beneficiado pela sua decisão de prender Lula. O próprio presidente Bolsonaro veio a público dizer que há um acordo para levar Sérgio Moro para o Supremo Tribunal Federal”, relatou.
Merlong finalizou dizendo que democracia se faz com regras estáveis e que possíveis fragilidades devem ser corrigidas para garantir mais transparência e intensificar o combate à corrupção.