Para Bolsonaro, a tipificação da homofobia como crime vai criar empecilhos para que homossexuais consigam emprego.
O presidente Jair Bolsonaro disse que o STF (Supremo Tribunal Federal) cometeu um equívoco ao criminalizar a homofobia e voltou a defender que a corte tenha um ministro evangélico.
Ele também disse que é “uma possibilidade grande” a de indicar o ministro da Justiça Sergio Moro para o STF.
As declarações foram feitas na manhã desta sexta-feira (14), durante café da manhã com jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto.
Na opinião do presidente, a corte está “legislando” ao decidir desta forma e, em sua visão, isso “aprofunda a divisão de classes”. “Isso prejudica o próprio homossexual”, afirmou.
Para Bolsonaro, a tipificação da homofobia como crime vai criar empecilhos para que homossexuais consigam emprego. Ele defende que um empregador vai ter receio de contratar gays com medo de cometer algum crime. “Não tem na testa que ele é gay”, disse.
Questionado se pretendia indicar um ministro evangélico para o STF, como disse há duas semanas, o presidente respondeu de forma afirmativa. “Especialmente agora”, disse, em referência ao julgamento concluído na quinta (13). “Tem que ter equilíbrio”, afirmou.
Bolsonaro voltou a negar que ao querer nomear um evangélico para o tribunal esteja misturando religião com política.
Sobre ter ministro evangélico, Bolsonaro disse que “não custa nada ter um evangélico” no STF.
O presidente disse ainda que não existe necessidade de tipificar homofobia como crime porque “a pessoa que discrimina por si só vai ser deixada de lado”.