Os deputados de oposição alegaram que o Banco Brasil Plural, de São Paulo, escolhido pelo Governo do Piauí para contrair um empréstimo de R$ 1,5 bilhão não tem lastro financeiro para fazer a operação de crédito. O patrimônio do banco é de pouco mais de R$ 750 milhões, ou seja, o banco vale a metade do valor que vai empestar para o governo, afirmou o deputado estadual Gustavo Neiva (PSB), questionando a instituição financeira.

Segundo Gustavo Neiva, o Brasil Plural acumulou prejuízos nos últimos anos. E pela documentação adquirida pelo parlamentar, o banco iniciou 2019 com déficit de R$ 7 milhões nas contas.

Para ele, o banco não teria capacidade para fazer o empréstimo e pretende convocar o secretário da Fazenda, Rafael Fonteles, à Assembleia para prestar informações. “Nós temos tantos outros bancos de maior lastro como a Caixa Econômica, o Banco do Brasil, se queriam um banco privado temos o Itaú, Santander. Enfim, queremos saber o motivo da escolha desse banco”, disse o deputado.

“Ninguém sabe quem é esse banco. Minha curiosidade é buscar informações sobre o banco e sua saúde financeira. Faz três anos que tem prejuízos. Já são três semestres com prejuízos de R$ 7 milhões. Queremos saber se o banco pode de fato emprestar esses recursos”, completou Gustavo Neiva.
A base do governo reagiu as declarações de Gustavo. O deputado Franzé Silva (PT) assumiu a defesa. “Talvez não conheçam o banco. Temos investidores de outros países que têm capacidade de investir e buscam. É preciso saber e conhecer para depois falar. Não temos só esses bancos, mas outros também. O Piauí é um estado atrativo”, afirmou.

“O governador apresentou uma perspectiva de investimentos ao Piauí e vai na contramão do que os outros Estados do Brasil terão no ano de 2020 e 2021. Acreditamos que os empréstimos vão aquecer a economia e trazer emprego e renda para o Piauí. Toda essa organização oferece ao Piauí uma capacidade de endividamento. Isso nos leva a ter um crescimento do PIB acima da média do Brasil e do Piauí”, finalizou.