Mesmo antes da cerimônia de posse, a equipe de Biden já havia anunciado a reversão de 17 decretos de Trump
O novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tomou posse nesta quarta-feira (20) em uma cerimônia sem público e cercado por policiais da Guarda Nacional. Já no seu primeiro dia, prometeu medidas para reverter as políticas do antecessor, Donald Trump. O ato é preocupante para a política externa brasileira que, durante os dois últimos anos, seguiu a cartilha trumpista.
Mesmo antes da cerimônia de posse, a equipe de Biden já havia anunciado a reversão de 17 decretos de Trump. Entre eles, decidiu pelo retorno dos EUA ao Acordo de Paris, sobre o clima, pela anulação da decisão de deixar a OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela interrupção da construção do muro na fronteira com o México.
Entre os decretos prioritários de Biden também está a promoção da igualdade racial e de gênero, outro tema que opõe Biden e líderes populistas de extrema-direita, como Jair Bolsonaro.
Segundo apontam analistas, os direitos humanos também serão importantes no novo governo, indo contra a pauta conservadora brasileira defendida tanto pelo Ministério de Relações Exteriores, de Ernesto Araújo, quanto pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, de Damares Alves
A vice Kamala Harris fez história ao se tornar a primeira mulher, a primeira negra e a primeira asiático-americana a ocupar o cargo.
Antes do juramento, horas antes de chegar ao Congresso, ela comentou: “ Estou aqui hoje por causa das mulheres que vieram antes de mim”.
Sua primeira ação como vice-presidente foi empossar os dois democratas eleitos para o Senado, Jon Ossoff e Raphael Warnock, da Geórgia, bem como seu substituto na Califórnia, Alex Padilla. Agora, o Senado tem a maioria democrata.