Na abertura do ano judiciário, presidente do STF afirmou que a ciência vai vencer o vírus e a racionalidade, o obscurantismo
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, abriu o ano judiciário com duras críticas ao negacionismo científico em relação à pandemia de covid-19. Ele afirmou que o momento pede fraternidade e “vozes ponderadas”. Por isso, colocou a reconstrução do país entre as prioridades da Suprema Corte em 2021, junto com a manutenção da democracia.
“Não devemos ouvir vozes isoladas, algumas inclusive no âmbito do Poder Judiciário, […], pessoas que abusam da liberdade de expressão para propagar ódio, desprezam vítimas e desprezam, através do negacionismo científico, o problema grave que vivemos. É tempo de valorizarmos as vozes ponderadas, confiantes e criativas, que labutem diuturnamente nas esferas pública e privada para juntos vencermos essa batalha”, afirmou.
Fux concluiu que o ano de 2020 foi um ano de “choques e incertezas”, que “expôs cruelmente nossas fraquezas”. Porém, mostrou-se, então, confiança na ciência e na racionalidade. “Não tenho dúvidas de que a ciência, que agora conta com a tão almejada vacina, vencerá o vírus; a prudência vencerá a perturbação; e a racionalidade vencerá o obscurantismo.”
O presidente do Supremo Tribunal Federal fez o pronunciamento de abertura do ano judiciário, nesta segunda-feira, ao lado do presidente Jair Bolsonaro. O mandatário não fez nenhum pronunciamento na ocasião, mas chamou atenção pelo fato de estar de máscara. A proteção era obrigatória para os presentes na cerimônia organizada pelo STF, por conta da pandemia de covid-19. Porém, nem sempre é usada pelo presidente Bolsonaro, que também já minimizou, em diversas vezes, o coronavírus.