Ainda não há definição sobre a data de realização do encontro
A Câmara Municipal de Teresina aprovou a realização de uma audiência pública para discutir a crise no transporte público da capital. A decisão aconteceu durante a sessão plenária desta quarta-feira (10).
Ainda não há definição sobre a data de realização do encontro. O sindicato que representa os empresários do setor (Setut) e o que representa os motoristas e cobradores (Sintetro) ainda vão ser provocados. “Tem que ter licitação, a prefeitura não vai bancar o que fizeram em 30 anos; má administração das empresas”, argumentou o presidente da Câmara, vereador Jeová Alencar.
O objetivo principal da audiência vai ser a discussão de medidas para resolver a situação atual da classe trabalhadora, que reivindica, dentre outras coisas, o pagamento de salários atrasados.
Os vereadores também querem analisar a possibilidade de municipalização do transporte público, proposta defendida pelo prefeito de Teresina, Doutor Pessoa (MDB).
Sobre esse assunto o vereador Edson Melo (PSDB) comentou: “ Eu acho que não é a solução. Em lugar nenhum do Brasil a tendência é essa”. Ainda de acordo com ele, o Município não tem condição de investir em transporte público.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Estado do Piauí (Sintetro) irá realizar uma assembleia, nesta quinta-feira (11), para definir os rumos do movimento grevista dos motoristas e cobradores do transporte público de Teresina. A categoria está em greve há três dias após a falta de acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut).
A Câmara também aprovou na sessão de hoje uma audiência para tratar sobre contratos feitos pelo último prefeito, Firmino Filho (PSDB), com entidades que prestam serviços socioassistenciais.
De acordo com o vice-prefeito da capital, Robert Rios (PSB), há indícios de repasses irregulares por parte da gestão passada a várias associações filantrópicas, a exemplo da ASA (Ação Social Arquidiocesana). A entidade é gerida pelo padre Tony Batista.
Apesar da denúncia, o executivo municipal, através da SEMCASPI (Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas), acatando recomendação Ministério Público do Piauí, resolveu manter todos os serviços socioassistenciais realizados em parceria com entidades privadas.
A prefeitura promete uma auditoria detalhada para analisar os gastos da gestão passada.
Por Wanderson Camêlo e Lilian Oliveira