18/11/2024

Política

Câmara de Teresina vai convocar o Setut para debate sobre a situação do transporte público da capital 

Ainda não há definição sobre a data de realização do encontro

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Publicado por: Lilian Oliveira 10/02/2021, 18:09

A Câmara Municipal de Teresina aprovou a realização de uma audiência pública para discutir a crise no transporte público da capital. A decisão aconteceu durante a sessão plenária desta quarta-feira (10).

Ainda não há definição sobre a data de realização do encontro. O sindicato que representa os empresários do setor (Setut) e o que representa os motoristas e cobradores (Sintetro) ainda vão ser provocados. “Tem que ter licitação, a prefeitura não vai bancar o que fizeram em 30 anos; má administração das empresas”, argumentou o presidente da Câmara, vereador Jeová Alencar.

Presidente da Câmara de Teresina, Jeová Alencar (MDB)

O objetivo principal da audiência vai ser a discussão de medidas para resolver a situação atual da classe trabalhadora, que reivindica, dentre outras coisas, o pagamento de salários atrasados.

Os vereadores também querem analisar a possibilidade de municipalização do transporte público, proposta defendida pelo prefeito de Teresina, Doutor Pessoa (MDB).

Sobre esse assunto o vereador Edson Melo (PSDB) comentou: “ Eu acho que não é a solução. Em lugar nenhum do Brasil a tendência é essa”. Ainda de acordo com ele, o Município não tem condição de investir em transporte público. 

O vereador Edson Melo (Foto: Reprodução/ PSDB)

Greve dos motoristas e cobradores 

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Estado do Piauí (Sintetro) irá realizar uma assembleia, nesta quinta-feira (11), para definir os rumos do movimento grevista dos motoristas e cobradores do transporte público de Teresina. A categoria está em greve há três dias após a falta de acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut).

Contratos irregulares

A Câmara também aprovou na sessão de hoje uma audiência para tratar sobre contratos feitos pelo último prefeito, Firmino Filho (PSDB), com entidades que prestam serviços socioassistenciais. 

De acordo com o vice-prefeito da capital, Robert Rios (PSB), há indícios de repasses irregulares por parte da gestão passada a várias associações filantrópicas, a exemplo da ASA (Ação Social Arquidiocesana). A entidade é gerida pelo padre Tony Batista.

Apesar da denúncia, o executivo municipal, através da SEMCASPI (Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas), acatando recomendação Ministério Público do Piauí, resolveu manter todos os serviços socioassistenciais realizados em parceria com entidades privadas.

A prefeitura promete uma auditoria detalhada para analisar os gastos da gestão passada.

 

Por Wanderson Camêlo e Lilian Oliveira 

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