Turma do Supremo
O ministro Gilmar Mendes votou nesta terça-feira (9), em julgamento na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), pela declaração de parcialidade do ex-juiz Sergio Moro na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex do Guarujá, investigação no âmbito da Operação Lava Jato no Paraná.
Antes do início do julgamento, por 4 votos a 1, a turma decidiu manter o julgamento, que decidirá se Moro agiu com parcialidade ao julgar processos que envolveram Lula na Justiça Federal do Paraná. O ministro Edson Fachin, autor da decisão que na segunda-feira (8) anulou as condenações de Lula e extinguiu ações que apontavam suspeição de Moro, pediu que o julgamento fosse adiado, mas foi vencido.
O pedido de suspeição de Moro chegou ao Supremo em 5 de novembro de 2018. A suspeição do ex-juiz começou a ser julgada pela Segunda Turma em 4 de dezembro de 2018. Na ocasião, Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram pela rejeição do pedido. Gilmar Mendes pediu vista (mais tempo para analisar o processo) e suspendeu o julgamento. Nesta terça, Mendes apresentou o voto.
De acordo com o voto de Gilmar Mendes, devem ser anulados todos os atos praticados por Moro contra Lula no caso do triplex, inclusive na fase de investigação. Segundo o voto do ministro, uma nova investigação pode ser iniciada.
Para Mendes, houve um “conluio” entre Moro e os procuradores que atuaram na força-tarefa da Operação Lava Jato, o que, segundo ele, maculou o processo.
Fonte: G1