O assunto ainda vai ser deliberado pelo diretório estadual petista
Por questão de sobrevivência política, os deputados estaduais Elisangela Moura (PCdoB) e Oliveira Neto (PPS) buscam um novo partido. O destino pode ser o PT.
Quem deu a informação foi o próprio presidente da sigla no Piauí, o deputado estadual Francisco Limma, em entrevista exclusiva à Teresina FM nesta terça-feira (25).
De acordo com ele, os dois colegas de parlamento contam com a simpatia dos demais integrantes do Partidos dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa. O assunto ainda vai ser deliberado pelo diretório estadual petista. Não há prazo para a definição.
“O PT tem uma tradição de respeitar suas instâncias. PT não tem um dono, ele é uma agremiação partidária coletiva. O processo de filiação se dá respeitando essas instâncias, o seu estatuto e suas relações de congresso”, explicou o deputado.
Elisangela e Oliveira Neto, que pretendem tentar a permanência na Alepi em 2022, temem os impactos da chamada cláusula de barreira nos seus respectivos partidos. Tanto o PPS como o PCdoB, aliás, podem se fundir para garantir sobrevivência.
O que diz a cláusula de barreira
A partir do próximo ano, de acordo com as mudanças impostas ao código eleitoral, os partidos que não atingirem o mínimo de 2% dos votos válidos (em pelo menos um terço das unidades da Federação) ou que não conseguirem eleger 11 deputados federais, distribuídos em nove estados, não terão, por exemplo, direito à liderança ou cargos na Mesa Diretora da Câmara ou do Senado.
Para piorar, os partidos com baixo desempenho também vão perder recursos do fundo partidário e contarão com tempo restrito de propaganda eleitoral em rede nacional de rádio e de TV.
Por Wandersson Camêlo com colaboração de Lilian Oliveira