Setut entra com ações contra a Prefeitura e pede a cassação do Prefeito
A falta de conciliação para resolver o problema de transporte leva o sistema à falência
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Publicado por: FM No Tempo15/06/2021, 11:03
O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (SETUT) ingressou na Justiça com três ações contra a Prefeitura de Teresina. O SETUT alega o descumprimento do acordo mediado pela Justiça para o repasse de R$ 21 milhões em atraso para o pagamento do subsídio das gratuidades e meias passagens. A segunda ação diz respeito ao cumprimento do contrato firmado entre a Prefeitura e o Setut para operar o sistema por 15 anos. A outra ação se refere a um ato de improbidade administrativa, que segundo a consultora jurídica do SETUT, Naiara Moraes, entrevistada pela Teresina FM 91,9, o prefeito Dr. Pessoa teria usado de má-fé para não pagar os repasses para o sistema de transporte de massa na capital.
Captura de tela da entrevista do JT1 da Teresina FM, com Naiara Moraes.
As empresas de ônibus e a Prefeitura de Teresina, desde o ano passado, travam esse confronto, sem conciliação e sem diálogo. Algumas das reivindicações do SETUT à Prefeitura são a quebra de contrato e o descumprimento do acordo para pagar em subsídios pendentes. Diante disso, Naiara Moraes, falou da recusa da atual gestão em participar das audiências de conciliação para resolver essa problemática.
Foto: Reprodução
Naira informou que nas tentativas de acordo feitas no Ministério Público, o município não enviou representante ou, quando enviava, eram apenas mensageiros, que não tinham competência ou poder para fazer acordo. “Na última semana, o Procurador do Município encaminhou um pedido de suspensão das audiências de conciliação ao Ministério Público. Então, ficou bem claro que o Município não quer conciliar. Acho que a gente começa a pensar que a Prefeitura não quer que se realize um solução para esse problema. Como isso vem acontecendo, isso configura má-fé”, complementou.
Foto: Reprodução
Segundo a advogada, a ação que pede a improbidade administrativa do prefeito, Dr. Pessoa, foi encaminhada ao Ministério Público. E isso pode resultar na cassação do mandato do prefeito e do vice-prefeito Robert Rios.
O contrato entre Prefeitura e Setut existe desde 2014. O Executivo deveria ter pago o subsídio em 2015, como não o fez, o caso foi judicializado, houve um acordo homologado pela Justiça, mas, segundo o Setut, o valor dos subsídios não foram pagos pela Prefeitura.