As conversas devem ter início em outubro deste ano
O governador piauiense, Wellington Dias (PT), anunciou que já prepara sua base de apoio para uma rodada de conversas visando definir uma estratégia para as eleições de 2022. As conversas devem ter início em outubro deste ano; a pressa tem a ver com a decisão do Senado de rejeitar a volta das coligações.
O fato pode atrapalhar os objetivos principalmente dos pré-candidatos, até mesmo os que detêm mandato, de menor capilaridade eleitoral. A situação pode ser pior caso passe o chamado “distritão”, que propõe a eleição apenas dos que conquistarem mais votos.
“Agora em outubro a gente deve ter provavelmente um primeiro momento de diálogo com os partidos, eu é que quero entender agora qual a estratégia de cada partido. Quero estar junto com os partidos com os quais temos a responsabilidade de cuidar do Piauí”, destacou Dias.
Ele também falou sobre a possibilidade de diminuição do número de partidos, como alternativa de sobrevivência e na tentativa de formação de chapas mais forte para a enfrentar os próximos pleitos sem coligações. “Ela [a diminuição do número de partidos] não é uma estratégia natural. É que a própria lei vai impor; a lei, com o fim das coligações, vai dificultar que vários partidos tenham possibilidades de formar chapa para federal. Ela depende agora de uma regra legal”, acrescentou o petista.
A reforma
O plenário do Senado aprovou na última quarta-feira (22) a proposta de emenda à Constituição da reforma eleitoral (PEC 28/2021), mas rejeitou a volta das coligações nas eleições proporcionais, ao contrário do que havia decidido a Câmara Federal.
Entre os trechos aprovados está uma novidade. Já em 2022 vai valer a contagem em dobro dos votos dados a candidatos mulheres, e pessoas negras, para efeito da distribuição dos recursos dos fundos partidário.
Outra novidade é diz respeito à regra de fidelidade partidária. Pelo novo texto, deputados federais, estaduais e distritais e vereadores que saírem do partido pelo qual tenham sido eleitos não perderão o mandato se a legenda concordar com a saída.
Sobras eleitorais
A partir de 2022, só poderão concorrer à distribuição das chamadas sobras de vagas os candidatos que tiverem obtido votos mínimos equivalentes a 20% do quociente eleitoral e os partidos que obtiverem um mínimo de 80% desse quociente.
Com informações da Agência Senado