Partido permitirá que diferentes coligações sejam feitas a nível federal e estadual
Matéria de Wanderson Camêlo
O Partido Liberal (PL) vem tentando dar um basta nas especulações envolvendo possíveis entraves caso filie o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Um receio é sofrer uma debandada nas próximas eleições tendo em vista que a legenda, em vários estados, possui acordo com siglas e nomes que fazem oposição ferrenha ao Palácio do Planalto.
Um dos exemplos é o Piauí, onde o PL integra a base do governador Wellington Dias (PT), adversário político do chefe do Executivo federal. Aliás, comenta-se nos bastidores que os dois representantes do partido na Assembleia Legislativa (Alepi), Coronel Carlos Augusto e Doutor Hélio, demonstraram receio com a possibilidade da filiação de Bolsonaro afetar suas relações com o petista.
Ambos teriam prometido buscar outro rumo se a executiva nacional impedisse suas permanências na base governista no sentido de agraciar o presidente da República.
Logo após toda a repercussão negativa, o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, anunciou nesta quarta-feira (27) que a legenda vai ter autonomia para fazer coligações em âmbito estadual e federal. A confirmação aconteceu durante reunião, em Brasília, que contou com a participação do ex-deputado Mainha (pré-candidato a deputado federal) e do presidente da sigla no Piauí, o deputado estadual Fábio Xavier.
“Chegamos à conclusão que o Partido Liberal no Piauí terá autonomia para fazer coligação a nível estadual e federal. A decisão se deu pelas circunstâncias políticas e pelo que nós defendemos no estado”, escreveu Mainha em publicação nas redes sociais.