Ele, superintendente do Incra, pertence à base do presidente Jair Bolsonaro
Matéria de Wanderson Camêlo (com colaboração de Lilian Oliveira)
Superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) no Piauí, Tiago Vasconcelos ainda não se decidiu sobre de que lado vai estar na eleição deste ano para governador do Estado. O gestor, filiado ao PSD, vive situação complicada porque a sigla pertence à coalizão governista, e ele integra a base do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
“Eu, pessoalmente, como ocupante desse cargo federal, tenho uma relação direta com governo federal. A nossa pretensão é, até por coerência, manter esse apoiamento”, afirmou Thiago, nesta terça-feira (8), em entrevista à reportagem da Teresina FM.
Tiago vai ter que se decidir o quanto antes: ou fica com o chefe do executivo federal ou com o bloco governista. O líder maior do grupo, governador Wellington Dias (PT), já foi bem claro sobre o assunto; o petista não aceita acordo com ninguém que defenda os interesses de Bolsonaro. Quem permanecer na base vai ter que apoiar a pré-candidatura do secretário de Fazenda Rafael Fonteles (PT) ao executivo piauiense.
“Estou muito bem no PSD. Eu tenho uma posição pessoal, mesmo que seja uma voz dissidente dentro do partido, é natural às vezes a gente esta em lugar e nem todo mundo tem a mesma ideia. Estamos, no entanto, construindo esses entendimentos e vendo como vai ficar”, disse o presidente.
Aliás, Vasconcelos só não deixou o Incra justamente devido ao apoio ao chefe do executivo federal, o mesmo não aconteceu com Jonas Moura, também indicação do PSD, mas fechado com Dias. O ex-prefeito de Água Branca ocupava o cargo de diretor do Departamento de Engenharia de Saúde Pública da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), e foi exonerado, no mês passado, depois que a sigla que defende anunciou acordo para indicar a primeira suplência de senador no grupo do Palácio de Karnak.