Diplomacia americana diz que russos podem invadir ‘a qualquer momento’
Os presidentes dos EUA e da Rússia, Joe Biden e Vladimir Putin, vão conversar neste sábado (12) por telefone sobre a escalada da crise na Ucrânia, segundo agências internacionais. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, também disse que conversará com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Putin solicitou que o telefonema ocorresse na segunda-feira (14), informou uma autoridade da Casa Branca, mas Biden queria conduzi-lo mais cedo, alegando relatos de um possível ataque à Ucrânia a qualquer momento.
Em meio às crescentes tensões com a Rússia, o Departamento de Estado dos Estados Unidos ordenou que funcionários não emergenciais da embaixada dos EUA deixem a Ucrânia.
Apesar da redução do pessoal diplomático, toda a equipe manterá os esforços diplomáticos e de assistência em apoio à segurança, democracia e prosperidade da Ucrânia, informou a embaixada no Twitter.
O governo ucraniano pediu neste sábado aos cidadãos que fiquem calmos e unidos, dizendo que as Forças Armadas estão prontas para repelir qualquer ataque ao país em meio à preocupação de uma invasão da Rússia a qualquer momento.
“Agora é fundamental permanecer calmo e unido dentro do país e evitar ações que prejudiquem a estabilidade e semeiem pânico”, disse o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.
“As Forças Armadas da Ucrânia estão constantemente monitorando os desenvolvimentos e estão prontas para repelir qualquer invasão à integridade territorial e soberania da Ucrânia”, acrescentou.
A Rússia reuniu mais de 100 mil soldados perto de sua fronteira com a Ucrânia, e os Estados Unidos disseram na sexta-feira que uma invasão poderia ocorrer a qualquer momento. Washington também pediu que seus cidadãos saiam da Ucrânia o mais rápido possível, apelo ecoado por países como Grã-Bretanha, Japão, Austrália e Nova Zelândia.
Moscou nega planos de invasão, dizendo que está defendendo seus próprios interesses de segurança contra agressões de aliados da Otan.
Fonte: G1