“O sistema atual retirou da sociedade brasileira a possibilidade dela fiscalizar a apuração”, atacou o ministro
O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, juntou-se ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e criticou o sistema eleitoral brasileiro. Para ele, o processo de votação não é transparente.
“O que é o voto? O voto é a emissão da tua vontade e isso tem que ser secreto. Como é que o voto se conclui? Com a apuração pública, porque transparência. A urna eletrônica e o sistema brasileiro respeita a primeira fase, a emissão do teu voto, ele desrespeita a publicidade e a transparência porque o sistema atual retirou da sociedade brasileira a possibilidade dela fiscalizar a apuração, essa é que é a contradição do atual sistema”, atacou Lorenzoni em entrevista à imprensa local.
As declarações foram dadas nesta quinta-feira (24), na sede da Associação Piauiense de Municípios (APPM), zona Sul de Teresina, onde o ministro apresentou a vários prefeitos piauienses o programa nacional de Serviço Civil Voluntário.
“Criar um programa que cria uma rampa de ascensão da informalidade para a formalidade tem que atender principalmente esses 7,8 milhões de jovens que nem trabalham e nem estudam. O programa de Serviço Civil Voluntário tem esse propósito de parceria com as prefeituras; durante um ano, eles ganham uma oportunidade para provar o seu trabalho e junto com ela eles vão ser qualificados pelo Sistema S. As prefeituras têm total liberdade para que áreas essas pessoas vão atuar”, explicou Onyx. O senador Elmano Férrer (Progressistas-PI); o prefeito de Teresina, Doutor Pessoa (MDB), e o presidente da APPM, Paulo César (Progressistas), estiveram presentes no evento.
O Serviço Civil Voluntário tem como objetivo abrir espaço para que prefeituras contratem jovens (entre 18 e 29 anos) e pessoas acima de 50 anos em regime de meio turno, pagando uma bolsa (que deve observar o valor do salário-mínimo hora) e transporte (obrigatório), assegurando que o outro turno seja para a realização de curso de qualificação. O programa terá duração até 31 de dezembro de 2022.
Também durante entrevista a jornalistas o ministro foi questionado sobre a possibilidade de disputar o governo do Rio Grande do Sul este ano, mas despistou dizendo que só trata de política quando deixar o cargo: “Neste momento eu estou como ministro de Estado, política passará a ser vivida quando eu deixar de ser ministro”.
Lorenzoni deve se filiar ao PL, mesmo partido de Bolsonaro, ainda em março e logo depois anunciar entrada na disputa pelo executivo gaúcho.