O partido integra a oposição e a gestora pertence à base governista
A prefeita Carmelita Castro, de São Raimundo Nonato, decidiu ficar no Progressistas, mas corre o risco de ser expulsa. O partido integra a oposição ao chefe do executivo piauiense, Wellington Dias (PT), e a gestora pertence à base governista.
O presidente do Progressistas-PI, o deputado estadual Júlio Arcoverde, não deu prazo para reunir o diretório estadual visando discutir o caso de Carmelita Castro, mas demonstrou descontentamento com a situação. O objetivo é manter a unidade interna: todos juntos em torno da pré-candidatura de Silvio Mendes (União Brasil) ao governo piauiense.
“Vamos tratar primeiro com quem vai trabalhar com a gente lá na região [de São Raimundo Nonato] e depois a gente vê isso aí [a questão relacionada a Carmelita]. Primeiro é ver uma grupo de oposição para que possa ser o nosso grupo”, declarou Arcoverde em entrevista à imprensa, na Assembleia Legislativa do Piauí, nesta quarta-feira (23).
Nos bastidores era dada como certa a desfiliação de Carmelita da agremiação já que o ex-prefeito de São Raimundo Nonato Avelar Ferreira (inimigo político de Castro) vai para o PP e deve encabeçar o projeto do time do ministro Ciro Nogueira, Casa Civil, na região.
“Se o deputado Hélio, com a prefeita Carmelita, escolheram ficar no governo é claro que, como eu costuma dizer, temos de ter alguém para fazer o ‘grude’ para a gente pregar os cartazes e, se a família Avelar se dispuser, vamos estar com eles nessa caminhada”, completou Júlio.
Durante a solenidade de filiação do marido, o deputado estadual Hélio Isaías, nesta terça-feira (22), ao PT, Carmelita garantiu que foi a “primeira prefeita” a dizer que seguiria apoiando a base governista.