A Corte de contas determinou que o Estado devolva R$ 214 milhões sacados indevidamente
Questionada pela nossa reportagem sobre a decisão do Tribunal de Contas do Piauí de impedir que o Estado saque dinheiro da conta do Fudef, a governadora Regina Sousa (PT) se esquivou dizendo que o assunto está sendo tratado pela Procuradoria-Geral. Para ela, o bloqueio trata-se de uma tentativa de impedir o executivo estadual de trabalhar.
“A Procuradoria está cuidando… É normal, chegando em ano eleitoral as pessoas querem impedir o governo de trabalhar”, declarou Regina, em entrevista à Teresina FM, nesta quarta-feira (20).
Na ocasião a petista também confirmou sua primeira reunião com o secretariado. O encontro deve acontecer ainda este mês.
“Agora vamos fazer uma reunião para conhecer bem os secretários, tem secretário novo […] Para a gente estabelecer… falar sobre o período que estamos vivendo [de pandemia] e também sobre a execução orçamentária que estamos fazendo”, disse Regina.
A oposição planeja uma nova ofensiva contra o Governo do Estado, desta vez com base em uma investigação do Tribunal de Contas do Piauí (TCE) que detectou saques indevidos, por parte do executivo, na conta referente aos precatórios do Fundef. O deputado estadual Gustavo Neiva (Progressistas) tratou do assunto na terça-feira passada, 12, na Alepi (Assembleia Legislativa do Piauí).
O débito descoberto foi de R$ 214 milhões. Em novembro de 2021, o Tribunal de Contas expediu uma determinação para que o Estado devolvesse imediatamente os recursos.
Ainda de acordo com o TCE, os saques começaram a ser realizados em 2020 (dois anos após a reeleição do agora ex-governador Wellington Dias, PT), ano em que o valor referente aos precatórios, R$ 1,6 bilhão, foi debitado na conta do executivo piauiense.
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