17/11/2024

Política

Fábio Abreu garante não assinar requerimento para instalação da CPI da Petrobras

Deputado afirma que comissão é “desnecessária” e alfineta presidente Jair Bolsonaro

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Publicado por: FM No Tempo 25/06/2022, 18:05

Matéria de Eric Souza e Wanderson Camêlo

O deputado federal Fábio Abreu (PSD) não pretende colaborar com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que busca investigar os sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis no Brasil. Conhecida como “CPI da Petrobras”, a proposta necessita de, no mínimo, 171 assinaturas para ser viabilizada.

Em entrevista à Teresina FM, concedida durante a solenidade de entrega de veículos para os conselhos tutelares do Piauí, ocorrida na sexta-feira (24), Abreu confirmou que não cedeu sua assinatura para a instalação da comissão.

Fábio Abreu, deputado federal pelo PSD (Foto: Wanderson Camêlo/Teresina FM)

“Não assinei nem vou assinar. Uma CPI é instaurada para tirar dúvidas, investigar, buscar algo de difícil localização, ou seja, medidas mais drásticas. O que há de anormal na Petrobras que o presidente [Jair Bolsonaro] não possa saber?”, questionou o deputado.

Segundo o parlamentar, não há necessidade de uma investigação aprofundada, uma vez que o próprio chefe do Executivo possui prerrogativas que lhe dão um certo controle da estatal.

“Se ele indica o presidente e os conselheiros da Petrobras, não há nada que fuja ao seu conhecimento”, completou o pessedista.

CPI da Petrobras

O texto que requere a instalação da CPI foi apresentado na última terça-feira (21) pelo deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), líder do partido do presidente Jair Bolsonaro na Câmara Federal.

Preço dos combustíveis estava há cem dias sem sofrer reajuste (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

De acordo com o documento, a comissão se destina a apurar “supostas irregularidades no processo de definição dos preços dos combustíveis”.

A proposta, apoiada pelo Palácio do Planalto, surgiu após o mais recente aumento anunciado pela Petrobras nos preços da gasolina e do diesel, reajustados em 5,2% e 14,2%, respectivamente.

Com informações de O Tempo

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