Ex-senador oficializa decisão de integrar grupo do ministro Ciro Nogueira; partido irá avaliar rumos na disputa eleitoral
Matéria de Wanderson Camêlo (com colaboração de Eric Souza)
O empresário João Vicente Claudino oficializa nesta sexta-feira (15) acordo para subir no palanque de Silvio Mendes (União Brasil), pré-candidato ao governo do Piauí na eleição deste ano. O Podemos, partido do ex-senador, ainda não decidiu se segue o mesmo caminho.
A adesão do empresário vai ser anunciada durante evento, em um restaurante na zona leste de Teresina, com a presença de Ciro Nogueira (Progressistas).
João Vicente tratou do assunto em entrevista à imprensa, nesta quinta-feira (14), durante o lançamento da chapa proporcional federal do Podemos-PI. A solenidade aconteceu no Plenarinho da Câmara Municipal de Teresina.
“Não estou na direção estadual do Podemos, apenas sou filiado ao partido. Fábio [Sérvio, presidente estadual da legenda] é um cara sensato, preparado, maduro. Tenho certeza de que, após conversar com a direção, vai escolher o melhor caminho para o partido e o Piauí”, afirmou.
JVC quase fez parte do time liderado por Ciro. No ano passado os dois estreitaram diálogo; o ex-senador, inclusive, por pouco não se filiou ao Progressistas.
Nos bastidores da política, a informação que corre é que João Vicente mudou de ideia depois que Iracema Portella (Progressistas) foi definida como vice de Silvio. Especula-se que JVC esperava ficar com a vaga.
Para Fábio Sérvio, presidente do Podemos no Piauí, o anúncio feito pelo ex-senador João Vicente Claudino era esperado.
“É uma decisão natural, tendo em vista que ele está há muito tempo em oposição ao modelo político e administrativo do governo do Estado”, observou.
Diante da escolha de JVC, o partido tem uma série de escolhas a serem feitas em relação à disputa eleitoral que se aproxima. Na visão do pré-candidato ao Senado, há alguns caminhos possíveis.
“O primeiro já é bem definido: não remaremos com alguém que representa o projeto ao qual nos opomos. Portanto, podemos ou apoiar Silvio ou tomar um rumo diferente e apoiar outro pré-candidato. É possível ainda que não façamos coligação com ninguém e foquemos apenas no Senado e nas candidaturas proporcionais”, avaliou.