Ministro da Casa Civil ressalta “amplo apoio” ao presidente no Congresso Nacional e critica candidatos petistas no Piauí
O presidente Jair Bolsonaro (PL) nomeou, há um ano, o senador licenciado Ciro Nogueira (Progressistas) como ministro da Casa Civil, uma das pastas mais estratégicas do governo federal. Atualmente, Nogueira é um dos coordenadores da campanha de reeleição do chefe do Executivo nacional e também lidera o grupo oposicionista no Piauí, que lançou Silvio Mendes (União Brasil) como pré-candidato ao governo estadual.
Desde que assumiu a Casa Civil, o ministro considera ter aprendido lições “extremamente positivas” e destacou uma série de medidas empreendidas pelo Palácio do Planalto.
“O Brasil é um dos poucos países do mundo que tem sua economia equilibrada; os índices são os melhores possíveis, teremos deflação, ou seja, inflação negativa, nos próximos meses e apenas 8% da população está desempregada. Geração de renda e emprego é o foco do governo do presidente Bolsonaro”, afirmou ao JT1 da Teresina FM nesta sexta-feira (29).
Ciro reconheceu que a disputa pela presidência da República, que, além de Bolsonaro, conta ainda com o ex-presidente Lula (PT), já tem o segundo turno encaminhado entre os adversários políticos. Para o senador licenciado, não há a possibilidade de uma terceira via, visto que os principais candidatos possuem as maiores intenções de voto.
“Somente um deles, porém, detém a capacidade de liderar o país com amplo apoio de sua base política. Bolsonaro deve eleger em torno de 350 a 370 deputados federais, enquanto Lula deve alcançar, no máximo, 140 parlamentares. Apesar das pesquisas indicarem vantagem do petista, o que elege de fato um presidente é a economia. Se as pessoas estão melhorando de vida, não há necessidade de mudança”, apontou.
Em relação à corrida pelo Palácio de Karnak, o chefe da Casa Civil acredita que o atual governo utilizará a máquina pública a seu favor, de modo desproporcional, para eleger o pré-candidato Rafael Fonteles (PT). Nogueira citou o escândalo de pessoas mortas matriculadas no Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos (Pro Aja) como um exemplo de que, segundo ele, a gestão estadual “não conhece limites”.
“Não é correto politizar secretarias destinadas ao desenvolvimento do Piauí, entregá-las nas mãos de deputados. Silvio [Mendes] escolherá nomes sérios, técnicos, capazes de realizar uma grande gestão. Não temos mais condições de permanecer com um estado inchado, uma Assembleia [Legislativa] completamente abarrotada de pessoas que não trabalham”, criticou.
O entrevistado revelou ainda que confia na vitória de Joel Rodrigues (Progressistas), pré-candidato da oposição ao Senado Federal, mesmo diante do favoritismo do ex-governador Wellington Dias (PT). Assim como a nível nacional, o ministro aposta em uma polarização intensa no pleito regional.
“Os piauienses se acostumaram a votar no Wellington pois não existia oposição real no estado. Entretanto, Joel está crescendo mais do que prevíamos. Se analisarmos as pesquisas, dois terços do eleitorado que o conhecem preferem [o ex-prefeito] ao petista. Os eleitores estão percebendo que Wellington não é mais o mesmo que deixou Paes Landim décadas atrás”, completou.