Chapa é composta pelos professores Gervásio Santos e Romildo Araújo e o agricultor familiar Tibério César
O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) apresenta uma inovação à disputa pelo Senado Federal no Piauí: uma candidatura coletiva composta pelos professores Gervásio Santos e Romildo Araújo e o agricultor familiar Tibério César.
A novidade, prevista pela legislação recentemente atualizada do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), permite que os três candidatos exerçam, caso eleitos, um mandato coletivo no Congresso Nacional.
“Temos que compartilhar não só o ônus, mas também o bônus. Queremos aglutinar os vários segmentos da classe trabalhadora, entender e discutir seus problemas conjuntamente”, destacou Gervásio ao JT1 da Teresina FM nesta terça-feira (30).
Uma dúvida natural diz respeito a eventuais conflitos e disputas motivadas por interpretações diferentes de determinados temas. No entanto, Romildo garantiu que a candidatura coletiva do PSTU apresentará “unidade política”.
“Nosso mandato e nossa intervenção parlamentar são guiados pelo programa socialista, que ataca a fome, a miséria, o desemprego, a precarização do trabalho, o encarceramento em massa e o genocídio da juventude preta e periférica. Vamos incluir as demandas dos sindicatos, movimentos por moradia, movimentos de mulheres e o movimento negro”, elencou.
Quanto aos salários recebidos no Senado, o professor Gervásio defendeu que sejam mantidos os mesmos valores que já recebem em suas profissões atuais.
“Entendemos que os parlamentares do PSTU devem receber a mesma remuneração que possuíam antes de assumirem cargos públicos. O salário de um senador (R$ 36 mil) cobre todas as despesas necessárias e banca não somente, mas quatro, cinco ou mais pessoas”, observou.
Romildo acrescentou que o combate aos privilégios do Congresso Nacional é outra bandeira levantada pelos socialistas, que os enxergam como impedimentos à formulação de políticas públicas.
“Os políticos que se mudam para Brasília, assim que terminam seus mandatos, ficam ricos de tanto acumularem dinheiro. É hora de acabar com o enriquecimento advindo do erário público. O mandato político é destinado a resolver os problemas da população e da classe trabalhadora, e não abusar de privilégios”, concluiu.