Candidata do PSOL ao governo do Piauí propõe ainda uma “mobilização popular” para garantir salário digno, saúde e educação
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) apresenta a servidora pública Madalena Nunes como candidata ao governo do Piauí. A sindicalista já concorreu três vezes à Câmara Federal (em 2010, 2014 e 2018) e uma vez à Câmara de Teresina (em 2020).
A candidata ressaltou o compromisso do partido em apostar em uma chapa feminina, composta ainda pela professora Cyntia Falcão, para a disputa pelo Palácio de Karnak.
“Julgamos de extrema importância que duas mulheres negras, feministas e advindas dos movimentos sociais inspirem as outras mulheres a se organizarem e ocuparem os espaços dos quais fomos expulsas por uma estrutura machista”, avaliou ao JT1 da Teresina FM nesta quarta-feira (31).
Madalena apontou também uma “falta de comprometimento” por parte dos outros candidatos em relação às promessas feitas durante as campanhas eleitorais.
“Não basta apenas registrar o plano de governo em cartório. É necessário que haja uma mobilização popular para cobrar dos políticos eleitos a concretização de suas propostas, as quais são frequentemente desconsideradas”, frisou.
A concorrente ao governo do Estado destacou que o projeto político do PSOL visa a transformação da sociedade, por meio da qual os recursos públicos passam a serem utilizados para atender às necessidades do povo.
“Nossa intenção é manter os direitos básicos já existentes e recuperar os que foram perdidos, tais como a jornada de trabalho, o salário digno e o acesso à saúde e educação. O Estado existe para distribuir e não concentrar renda na mão de poucos”, defendeu.
Ainda sobre a participação feminina na política, Madalena considerou que a “cultura machista” coloca a administração como papel tradicionalmente masculino, enquanto as mulheres devem exercer outras funções.
“Precisamos descontruir esse entendimento e promover uma cultura de respeito à mulher. Somos a maioria do eleitorado mas não chegamos a 15% dos representantes nos espaços de decisão. Da mesma forma, as pessoas negras e da classe trabalhadora devem ter representação”, acrescentou.
Na visão da candidata, a estrutura social vigente propõe a submissão de determinados setores da população. Essa noção, para Madalena, deve ser combatida.
“Os homens não são superiores às mulheres, nem os brancos aos negros ou os heterossexuais aos LGBTs. Queremos direitos iguais e não sermos submissos”, concluiu.