Nome pouco conhecido na disputa de vaga no Senado pelo PMN-PI, Antônio José Fontinele da Silva, conhecido como Professor AJosé, recebeu R$ 300 mil do partido para cuidar da campanha, e quase todo o valor já foi usado. O curioso é que a maior parte do dinheiro foi direcionada para uma empresa que tem como sócio um dos filhos de AJosé.

A informação foi confirmada pelo próprio candidato em entrevista à Teresina FM. Segundo ele, a empresa é quem está cuidando da produção do seu material de campanha.

Professor Ajosé (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

“A empresa em questão foi escolhida por mim para fazer meu material de campanha por ser uma empresa sólida, com profissionais qualificados, estrutura de equipamentos e estúdio que a consolidaram como uma das melhores do estado. Além disso, o valor praticado, referente a todos os serviços necessários para a campanha de um majoritário, incluindo-se uma equipe exclusiva, está aquém dos praticados pelas empresas concorrentes. E sim, tenho  um filho que pertence ao quadro societário da referida empresa, mesmo sendo sócio minoritário. Desse modo, não há qualquer irregularidade ou ilegalidade no presente caso. E minha prestação de contas está sendo feita com o elevado grau de transparência exigida pela lei”, explicou o postulante ao Senado pelo PMN-PI.

O estabelecimento em questão leva o nome de Portela & Rodrigues Produções de Vídeo LTDA, como consta na prestação de contas de AJosé junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O candidato contratou os serviços da empresa por R$ 250 mil.

Foto: Reprodução/TSE

Apesar de chamar atenção, o fato não é ilegal, como explicou o advogado Carlos Douglas, presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB-PI: “Os serviços são de natureza particular. Não há nenhum problema desde que esteja na prestação de contas”.