Política
Eleições 2022: Dono do Instituto Opinar acredita que disputa pelo Karnak “dificilmente” terá 2º turno
Estatístico comenta pesquisa divulgada nesta sexta (23), explica metodologia e comenta diferença entre Silvio e Rafael
As eleições deste ano para o governo do Piauí são umas das mais acirradas em toda a história do estado. De um lado, o candidato da base governista, Rafael Fonteles (PT); de outro, o oposicionista Silvio Mendes (União Brasil).
Ambos têm ocupado as primeiras colocações nas pesquisas de intenção de voto e são frequentemente especulados na disputa de um eventual segundo turno.
Empresário atua no mercado de pesquisas de opinião desde 2009 (Foto: Teresina FM)
No entanto, para Rodrigo Mello, proprietário do Instituto Opinar, o pleito governamental deve ser decidido ainda em primeiro turno, na votação do próximo dia 2 de outubro.
“Muito dificilmente teremos dois turnos tendo em vista que os demais candidatos somam 3% dos votos e, para que haja mais um turno, a diferença entre o primeiro e o segundo deve ser menor que 5%”, explicou ao JT1 da Teresina FM.
A última pesquisa do instituto, divulgada nesta sexta-feira (23), revela que Silvio Mendes venceria a disputa, sem necessidade de turno adicional, com 50,93% dos votos válidos, contra 44,36% de Rafael Fonteles.
Uma polêmica recente consistiu em uma acusação, feita em perfis nas redes sociais, de que o Opinar teria, em pesquisa divulgada no último domingo (18), atribuído a Teresina apenas 0,48% do eleitorado do Piauí, enquanto Marcos Parente, com 4 mil habitantes, registrou 24,24%.
Mello classificou as alegações como fake news e indicou que a metodologia pode ser facilmente verificada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), bastando ao eleitor ter o número do registro do levantamento.
“Se essa suposta manipulação tivesse realmente ocorrido, eu estaria sendo julgado nesse momento. Apenas pegaram o PDF e divulgaram com informações equivocadas. Ninguém me telefonou para checar se aquilo era real ou sequer me pedir a fonte primária”, argumentou.
Em relação às diferenças entre pesquisas eleitorais, como as realizadas pelo Opinar e pelo Amostragem, o estatístico destacou que, no caso específico dos dois institutos, os levantamentos não são antagônicos.
Rodrigo Mello defende Opinar de acusações feitas durante a semana (Foto: Teresina FM)
“O Amostragem indica que Rafael está em primeiro lugar, mas empatado tecnicamente com Silvio. Se a diferença entre candidatos A e B, em pesquisas diferentes, for maior que 10%, provavelmente há algo de errado. Agora se for entre 2% e 3% os resultados são mais coerentes”, afirmou.
Quanto ao conhecido ditado “ganha quem paga”, que insinua um favorecimento dos institutos aos contratantes, Melo considerou que essa noção não corresponde ao cenário atual.
“Não alteramos pesquisa alguma. Estamos no mercado desde 2009 e entregamos serviço de qualidade. Agora, é natural que muitas pessoas dependentes dos políticos contestem os resultados”, completou.
Segundo o empresário, o próximo levantamento do Opinar será divulgado na próxima sexta-feira (30), dois dias antes da votação do primeiro turno. A amostra será composta por 112 municípios e um total de 18 pesquisadores conduzirão os questionários.
