Deputado estadual eleito pelo PT afirma ainda que conversas sobre a nova presidência da Alepi já tiveram início
O ex-prefeito de São João do Piauí, Gil Carlos (PT), foi eleito deputado estadual pela primeira vez com 23.805 votos. O futuro parlamentar considera que a vitória do correligionário Rafael Fonteles, que irá ocupar o Palácio de Karnak no ano que vem, não configura uma “surpresa”.
Em entrevista ao JT1 da Teresina FM nesta terça-feira (11), o petista afirmou que Rafael, embora seja o sucessor do ex-governador Wellington Dias (PT), atende ao anseio de “renovação” apresentado pela população piauiense.
“As pesquisas de opinião pública indicavam que o povo queria um candidato que fosse preparado, contasse com experiência e energia, trouxesse uma perspectiva de melhora. [Rafael] se encaixa nesses critérios, ainda que o campo político que represente esteja há algum tempo no poder”, avaliou.
Gil destacou que as duas décadas de governos do PT geraram “resultados positivos” para o Piauí, mas também reconheceu a necessidade de avanços em diversas áreas, tais como o abastecimento de água.
“Somos um estado rico [em água]; contudo, algumas regiões como a Serra da Capivara, o Vale do Rio Itaim e o Vale do Guaribas sofrem com a escassez. É preciso aumentar o número de reservatórios e adutoras que liguem os açudes”, apontou.
O deputado eleito, que já chegou a coordenar o PRO Piauí, em resposta às acusações de que o programa teria sido abandonado durante o período eleitoral, alegou que as obras de infraestrutura seguem sendo executadas nos municípios.
“Iniciamos há duas semanas, em São João, 30 mil² de pavimentação urbana. A questão é que os candidatos não poderiam, devido à legislação eleitoral, carregar o PRO Piauí para os seus palanques. Apesar disso, o Piauí dispõe de uma grande malha viária, alcançada por meio de investimentos significativos”, frisou.
Sobre a nova composição da Assembleia Legislativa (Alepi), Gil citou os cinco partidos que elegeram deputados (PT, MDB, Progressistas, Solidariedade e Republicanos) e confirmou que as conversas para a nova presidência da Casa já tiveram início.
“O próximo presidente sairá, naturalmente, de uma dessas legendas. Ouvi que o MDB pode lançar Severo Eulálio, João Mádison ou Georgiano Neto. Na nossa federação [PT/PV/PCdoB], temos o atual vice-presidente Franzé Silva e também Fábio Novo”, completou.