Esta é a segunda quebra de sigilo bolsonarista realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, gastou R$ 27,6 milhões entre 2019 e 2022 no seu cartão corporativo, segundo as planilhas que se tornaram públicas após quebra de sigilo realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os destaques, estão os gastos com hospedagem, a maior fatia do que foi comprado com o cartão.
Na alimentação, outra parcela significativa nos gastos gerais do cartão — R$ 10,2 milhões —, se destacam:
Os gastos foram publicados em resposta a um pedido feito pela agência Fiquem Sabendo por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação).
Há um gasto de R$ 109.266,00 no modesto restaurante Sabor de Casa Delivery, localizado no centro de Boa Vista (RR), em 26 de outubro de 2021. É a maior despesa com alimentação registrada em um cartão da Presidência durante o mandato de Bolsonaro.
Até então, o governo Bolsonaro argumentava que deixaria os valores em sigilo até o fim do mandato, seguindo um trecho da própria lei.
Sendo assim, o fato de os gastos estarem públicos não se relaciona, em tese, com os “sigilos de 100 anos” de Bolsonaro, contestados pelo governo Lula (PT), em pedido feito à CGU (Controladoria-Geral da União) no dia da posse.
O uso dos cartões corporativos pelo governo federal é regulamentado pelo Decreto nº 5.355/2005.
O que ele diz:
Dessa forma, não é ilegal utilizar o cartão corporativo para comprar itens de alimentação — incluindo sorvetes.
Os gastos dos presidentes anteriores também estão públicos.