Alas econômica e política devem entrar em impasse.
Matéria de Gabriel Prado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se junta na manhã desta segunda-feira (27) com o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) e com Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, para discutir a reoneração dos impostos sobre os combustíveis.
Uma Medida Provisória da gestão do ex-presidente Jais Bolsonaro, previa desoneração de tributos federais como o PIS/Cofins e a Cide e tinha validade até 31 de dezembro. Porém, ao tomar posse, Lula estendeu a medida até o dia 28 de fevereiro.
Contudo, deve haver um impasse na reunião, tendo em vista que a equipe econômica defende a reoneração por ter interesse em uma incrementação em relação a arrecadação do governo, a fim de melhorar as contas públicas; em contrapartida, a ala política do governo defende que, caso haja reoneração dos impostos, ela virá acompanhada do aumento de custos em outros setores, como transporte e alimentação, causando grande impacto sobre o consumidor. A segunda ala teme que o preço político a ser pago pelo presidente caso haja de fato a reoneração total dos impostos seja muito alto.
Estima-se que haja um acordo de reoneração parcial dos impostos, para poder garantir uma certa arrecadação, mas sem causar um impacto tão grande para o consumidor. Caso aconteça dessa forma, a gasolina seria reonerada em 71% ao invés de 100% de PIS/Cofins. O aumento real no valor da gasolina seria em torno de R$0,49.
Fonte: Com informações de G1 e CNN