Para o senador, os nomes que mudaram de posição – Bárbara (PP), Marden (PP) e Luciano Nunes (PSDB) – foram incoerentes com as próprias histórias
Matéria de Kelvyn Coutinho
O senador Ciro Nogueira (Progressistas) concedeu entrevista ao Jornal da Teresina 1ª Edição e falou sobre as adesões de pessoas ligadas ao seu grupo político – que está na oposição – à base do governo de Rafael Fonteles (PT).
Para o senador, os parlamentares que mudaram de posição – Bárbara do Firmino (Progressitas), Marden Menezes (Progressistas) e o ex-deputado Luciano Nunes (PSDB) –, foram incoerentes com as próprias histórias e com a população que os elegeu.
“Eles tomaram esse caminho e depois terão que prestar contas com seus eleitores por esse movimento errado, por terem jogado fora uma parte da sua história. Fiquei triste, porque as pessoas têm que ter coerência na vida. Uma pessoa que votava no Luciano, no Marden, na Bárbara, está aplaudindo essa história? A gente vê nas redes sociais. Teve algumas dessas pessoas que até desligaram as suas redes por causas dos comentários. Quem segue um político nas redes é porque gosta, admira, apoia. Quando aquilo acontece, a pessoa se revolta”, declarou Ciro.
Questionado se as adesões de correligionários ao Palácio de Karnak poderiam influenciar positivamente a pré-campanha de Fábio Novo (PT) e negativamente a pré-campanha de Sílvio Mendes (União Brasil), Ciro afirmou que o cenário em Teresina não se ganha com apoio, mas com emoção.
“Em Teresina, não se leva eleitor assim. Não é como no interior, que um líder político adere a outro grupo e leva seus eleitores para esse grupo. Aqui é totalmente independente, aqui não se leva ninguém. Às vezes, faz até piorar, porque as pessoas se revoltam com essa posição”, disse.
Avaliação do governo Rafael Fonteles
O senador fez uma avaliação da gestão do governador Rafael Fonteles e citou que, na sua visão, está aquém das necessidades dos piauienses.
“O Rafael é muito inteligente, um jovem superdotado, mas ele representa uma forma de administrar que é totalmente ultrapassada, um Estado inchado, que não coloca o cidadão em primeiro lugar. É uma gestão ineficiente que não tem sido capaz de suprir as necessidades do povo. Se for olhar qual obra que o Rafael iniciou no primeiro ano de mandato e conseguiu concluir, não tem nenhuma, a não ser recuperar uma estrada, manter a folha de pagamento em dia, mas nenhum projeto estruturante para o estado”, comentou.
Ciro declarou que algumas das principais bandeiras do governo, como a inauguração do porto de Luís Correia e o hidrogênio verde, são superestimadas e não dão o retorno econômico necessário para desenvolver o estado.
“Como que se faz um porto que não atraca nenhum navio? Aquilo foi uma piada, me senti em Sucupira. Não atracou nenhum navio e não vai atracar. O porto foi construído no lugar errado, na foz de um rio, não tem calado, não tem como atracar um navio cargueiro. Aquilo foi uma piada, uma enganação para a população. Até o navio que foi para atracar ficou encalhado. A energia verde é uma falácia. Se gasta o dobro para produzir a energia do que você vai ter como resultado daquilo, é inviável economicamente. É só uma forma de enganar a população”, finalizou.