As chuvas em Teresina causaram estragos pela cidade. Vários trechos na capital ficaram intrafegáveis durante a chuva. No Mocambinho, uma poda de árvores atingiu a marquise do hospital do bairro e afetou diretamente o atendimento de urgência e emergência e suspendeu o ingresso de pacientes na unidade de saúde.

Os políticos comemoraram o anúncio do senador Wellington Dias como ministro do Desenvolvimento Social. Ele vai atuar em sintonia com a governadora Regina Sousa, que assume a partir do próximo mês a Secretaria de Assistência Social e Cidadania no governo de Rafael Fonteles.

Uma reunião entre representantes da Strans, Sintetro e Setut ainda não chegaram a um consenso sobre o funcionamento do sistema de transporte público de Teresina. Os motoristas paralisaram de novo as atividades por duas horas de manhã e de tarde, por falta do pagamento da quinzena dos trabalhadores do transporte.

O pagamento antecipado da folha dos servidores públicos injeta diretamente R$ 730 milhões na economia local, logo no período de Natal e festas de fim de ano. Ainda foram adiantados os pagamentos da Prefeitura de Teresina e o do 13º salário. Um volume de dinheiro que deve circular no comércio local, mas ainda tem problemas estruturais como a falta de transporte público e o atendimento de saúde na capital e no restante do estado. O pagamento de dezembro só iniciaria no dia 26 para quem ganha até R$ 2 mil, com término da tabela no dia 30 para quem ganha acima de R$ 2 mil. No dia 9 de dezembro, o governo antecipou a 2ª parcela do 13º salário que, seguindo a tabela, só seria paga no dia 19. Com a medida, o Estado injetou cerca de R$ 245 milhões na economia.

O superintendente da Strans, Bruno Pessoa, vai fazer o cadastro de veículos alternativos para substituir os ônibus do sistema de transporte coletivo que estão paralisando as atividades duas vezes por dia, das 7h às 9h, e à tarde das 15h às 17h. Bruno Pessoa ainda quer abrir o diálogo com os trabalhadores e também com as empresas dos consórcios para melhorar o funcionamento do sistema. Ele garantiu que a população não vai ficar sem transporte, mesmo como o movimento dos motoristas em paralisar os ônibus no centro da cidade.

O coordenador técnico do Setut, Vinícius Rufino, afirmou que o repasse da Prefeitura de Teresina está longe de ser o suficiente para o funcionamento do sistema de transporte público de Teresina. O valor do repasse mensal tem sido, segundo ele, de R$ 850 mil e não se adequada a necessidade. O colapso no sistema vem de muito tempo. No entanto, tudo foi calculado e não tem um retorno prático do Município para essa definição, disse Vinicius Rufino.

Os motoristas e cobradores de ônibus paralisaram as atividades por duas horas das 15h às 17h em protesto contra a falta do pagamento da quinzena dos trabalhadores. Uma paralisação já aconteceu entre 7h e 9h. O presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, afirmou que a paralisação vai acontecer todos os dias de manhã e à tarde até que os trabalhadores recebam os valores devidos. Os ônibus nesses horários ficarão parados, enfileirados, na praça da Bandeira e na praça Saraiva.

O advogado Michel Saldanha, da Comissão de Defesa do Consumidor, afirmou que o Setut embolsa mais de R$ 5 milhões por mês da arrecadação do pagamento do tíquete transporte pago de forma antecipada ao sistema de transporte público. Ele citou apenas duas categorias, os comerciários, cerca de 30 mil, e os funcionários da rede particular de ensino, cerca de 11 mil, aproximadamente 60% deles descontam os valores para a compra da passagem antecipada. “Só isso, sem falar em outras categorias, já daria em torno de R$ 3,5 milhões que entram nos cofres das empresas de ônibus”, articulou o advogado.